9.5.09

Das duas, uma

Por António-Pedro Vasconcelos
AINDA ESTÁ EM CARTAZ um filme português que é criminoso perder: trata-se da adaptação aos tempos modernos do clássico de Camilo Castelo Branco, Amor de Perdição, a que o realizador Mário Barroso (MB) e o seu argumentista, Carlos Saboga (CS), acrescentaram o pronome indefinido, e que passou, por isso, a chamar-se Um Amor de Perdição.
(...) um filme que prolonga e aprofunda os temas que vinham de O Milagre Segundo Salomé: a tortura da paixão amorosa, o fascínio pela violência desesperada e suicidária do amor e a atracção pela inocência – essa «floresta obscura», de que fala Dante, e que serve de abertura e fecho a estes novos amores de perdição. (...)
Mas o que mais me surpreende neste filme admirável é, por um lado, a coragem de MB em contar esta história excessiva sem hesitações nem compromissos; e de o fazer com uma mestria a que não estamos habituados no cinema português. (...)
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