Eles não sabem o que fazem
Por António Barreto
FALTA UM MÊS para as eleições europeias. Todos os partidos têm os seus candidatos. A campanha começou. As primeiras levas de cartazes foram afixadas. Começaram as eternas discussões sobre os debates na televisão. Já houve o incidente da praxe, o de Vital Moreira, não condenado por todos os partidos, como devia ser, e toscamente aproveitado pelos socialistas, como não devia ter sido. As sondagens multiplicam-se. Nos jornais, o debate é vivo. De que se discute? Da Europa? Do falecido, à espera de ressurreição, Tratado de Lisboa? Nem pensar. Discute-se o governo que sairá das eleições de Outubro. Das coligações possíveis. Do inevitável Bloco Central.
(...)
SERÁ UM MISTÉRIO de ordem clínica? O que se passa com os deputados e dirigentes dos partidos? Têm perturbação da vista? Do ouvido? De compreensão? A aprovação, por quase unanimidade (...), da lei de financiamento dos partidos só pode ter explicação numa deficiência dessa natureza. (...)
Texto integral [aqui]Etiquetas: AMB
2 Comments:
Não foi por nenhuma das razões apontadas por António Barreto que a lei do financiamento dos partidos só não mereseu dois votos de aprovação. A razão foi: chico-espertismo, esperando que ninguém desse conta. Um escândalo, ainda para mais nos tempos que correm.
I Parte
Da hedionda desonestidade
de gente desesperada,
transborda a superficialidade
de uma democracia depauperada.
A deficiência da natureza
dos nossos políticos,
reflecte-se na impureza
dos seus pensamentos monolíticos.
Com a vida vasculhada
do mexilhão trabalhador,
a economia fica debulhada
neste país confrangedor.
II Parte
Todos os partidos políticos
bem alinhadinhos estão,
com os seus ideais monolíticos
em busca de qualquer tostão.
A argumentação é risível
em torno da transparência,
esta atitude desprezível
de uma escandalosa incoerência!
O interesse é total
em negócios nauseabundos,
a degradação é brutal
nestes políticos vagabundos!
Para o mexilhão honesto,
trabalhando diariamente,
no mínimo, é funesto
este regime demente!
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