25.7.09

Dito & Feito

Por José António Lima

A NECESSIDADE DE HELENA ROSETA deixar claro, reiterar e voltar a esclarecer que estabeleceu um «compromisso de honra de não assumir o lugar de António Costa, no caso de este sair da presidência da Câmara de Lisboa», mostra bem o ambiente de desconfiança e de fim de ciclo que se respira nos meios socialistas quanto às eleições de 27 de Setembro. E o futuro breve e pouco risonho que, em muito PS, se augura à liderança de José Sócrates. A discussão pública da eventual saída de Costa para líder do PS, lá para Outubro/Novembro, acaba por se converter numa «desconsideração» a Sócrates, como logo observou Santana Lopes (...)
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Se no PS grassa a desmotivação, no PSD vive-se a falta de motivação. Manuela Ferreira Leite não apresenta uma ideia, só fala pela negativa, para se mostrar escandalizada com «a falta de vergonha» do líder do PS e, ainda por cima, «não fala bem, enreda-se, tropeça» nas ideias e nas palavras, como explica em tom desculpabilizador Pacheco Pereira. O caso é sério: «A senhora, muitas vezes, expressa-se mal. E, quando quer corrigir, ainda pior», acrescenta Pacheco. Para retirar a conclusão extraordinária de que o que diz Manuela Ferreira Leite «não se pode reduzir a uma interpretação à letra das suas declarações». Veremos o que vai dizer em Chão de Lagoa, ao lado de Jardim. Se é para levar à letra. Ou não. Nunca se sabe.

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