Quando os cavalheiros puderem descer à Terra, os lisboetas agradecem...
NÃO TIVE possibilidade de, ontem, ver este debate; por isso, pergunto a quem a ele assistiu:
É verdade o que, em resumo, o Público escreve na parte que sublinhei?
Não o sendo, haja quem me esclareça, p.f.:
O que é que cada um dos candidatos disse quanto à resolução dos problemas reais e concretos que dão cabo da vida e da paciência de quem mora ou trabalha em Lisboa? Refiro-me às coisas do costume: faixas BUS que não são fiscalizadas, ecopontos que não são esvaziados, estacionamento selvagem, passeios esventrados, cargas e descargas anárquicas, polícia que não se vê, jardins transformados em esterqueiras, uma EMEL que nem serve para a caça-à-multa...
Actualização (16h20m): parece que ambos os candidatos se queixam de não terem tido tempo suficiente para, à frente da autarquia, mostrarem o que valem. A quem leve a sério essa conversa-da-treta (o que só pode suceder a quem sofra de cegueira partidária ou não ande pela cidade de que estamos a falar), sugiro a leitura do post «Bertrand Russell e a CML» - [aqui].
É verdade o que, em resumo, o Público escreve na parte que sublinhei?
Não o sendo, haja quem me esclareça, p.f.:
O que é que cada um dos candidatos disse quanto à resolução dos problemas reais e concretos que dão cabo da vida e da paciência de quem mora ou trabalha em Lisboa? Refiro-me às coisas do costume: faixas BUS que não são fiscalizadas, ecopontos que não são esvaziados, estacionamento selvagem, passeios esventrados, cargas e descargas anárquicas, polícia que não se vê, jardins transformados em esterqueiras, uma EMEL que nem serve para a caça-à-multa...
Actualização (16h20m): parece que ambos os candidatos se queixam de não terem tido tempo suficiente para, à frente da autarquia, mostrarem o que valem. A quem leve a sério essa conversa-da-treta (o que só pode suceder a quem sofra de cegueira partidária ou não ande pela cidade de que estamos a falar), sugiro a leitura do post «Bertrand Russell e a CML» - [aqui].
6 Comments:
Pergunta retórica? :)
Eu também não vi o debate, mas nem preciso de ter visto para poder dizer que nem um nem outro mereceriam o meu voto, caso votasse em Lisboa.
Santana Lopes corre desligado do PSD, mas é uma pessoa que se deixa influenciar por gente pouco recomendável.
António Costa faz parte de uma agremiação que não é bem um partido, mas mais uma seita.
Eu vi o debate.
Comecei logo por ficar irritada com a treta da simultaneidade nos dois canais. Quando dei por mim, o date já tinha começado na SicNotícias e na Sic generalista continuava a publicidade. Depois, de ver a moderadora interromper quando não devia e calar-se quando devia moderar, veio a justificação de problemas técnicos para a falta de sincronia, embora toda a gente percebesse que o motivo fora a publicidade (devem achar que somos todos parvos...).
Quanto ao debate, Santana Lopes usou a estratégia do costume: fala, fala, fala, mas não diz nada. António Costa pareceu-me muito irritado, mas compreende-se que perante a falta de vergonha do interlocutor, qualquer pessoa se enerve. Falaram do passado (culpa da moderadora) de quem tinha culpas sobre as dívidas (passivo, túnel)- Santana disse que as culpas eram de Carmona Rodrigues e de Sá Fernandes - e novas ideias, propostas criativas para a resolução dos problemas, nada. Deve ser para ficarmos a aguardar as cenas dos próximos capítulos.
Este comentário foi removido pelo autor.
‘Há muitas pessoas de rendimentos mais baixos que não podem movimentar-se sem ser de carro.’
Santana Lopes, no debate com António Costa na SIC
Será, de facto, espantoso se Santana ganhar a CML.
Mas Costa ainda não percebeu a fúria de muitos lisboetas perante o seu "deixa andar" quando os munícipes se queixam de problemas graves.
Recentemente, um inquérito deu como resultado que o trânsito caótico e o estacionamento selvagem estão no topo das preocupações dos munícipes.
Pois, quanto a isso, Costa limita-se a dizer que a culpa é do MAI (que não lhe dá polícias) e assobia para o lado como se nada fosse com ele.
Para mais, em vez de se mostrar preocupado com as coisas que não conseguiu resolver (prometendo, p.ex., fazer melhor), diz-se muito satisfeito!
Alguém que se mostra feliz com o actual caos - e que não tem uma palavra CONCRETA que mostre que o quer combater - o que é que espera dos eleitores?!
Será de admirar que estes vão atrás dos vendedores de ilusões?
Como digo e redigo:
Quer Santana, quer Costa já mostraram (e continuam a fazê-lo) que estão a léguas dos problemas reais dos lisboetas.
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