Passatempo-relâmpago - 27 Jul 09
Apertado pela fome, Faustino resolveu assaltar a caixa das esmolas da capela da Senhora da Saúde, até porque, nas cercanias, não havia mais ninguém para roubar - só pobres, que o eram tão ou mais do que ele. Mas a miséria por aqueles lados era tanta, que a caixa estava vazia, e na própria capela nada havia que valesse um tostão - nem no altar-mor, nem no sacrário, nem na sacristia. Faustino, revoltado, só comentava «Ladrões! Larápios!», acabando por voltar para casa, de mãos a abanar.
Ora, e como se a desgraça não fosse suficiente, o temporal que teve de enfrentar colocou-o às portas da morte com uma broncopneumonia. Chamaram então o padre, para ao menos lhe salvarem a alma. Mas, ao vê-lo, o Faustino, delirando, apontou-o à mulher e aos circunstantes: «Ladrão! Prendam-no, que é ladrão!»
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Ora, e como se a desgraça não fosse suficiente, o temporal que teve de enfrentar colocou-o às portas da morte com uma broncopneumonia. Chamaram então o padre, para ao menos lhe salvarem a alma. Mas, ao vê-lo, o Faustino, delirando, apontou-o à mulher e aos circunstantes: «Ladrão! Prendam-no, que é ladrão!»
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O que aqui se lê pretende resumir um pequeno conto. Pergunta com prémio: quem foi que o escreveu?Actualização: a resposta certa já foi dada - ver comentários 1 e 2.
3 Comments:
Miguel Torga
Bem... a Dana está imparável!
De facto, trata-se de uma tentativa minha de resumir o conto «Um roubo», de «Contos da Montanha», de Torga.
:) Época de estudo... Com o computador à frente...
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