9.8.09

O Raul e os jaquinzinhos

Por Antunes Ferreira

JÁ LÁ VÃO UNS LARGOS ANOS, mesmo muito largos. Tive a oportunidade de conhecer o Raul Solnado, aliás, soldado, tal qual ele se me apresentou. Foi no Diário de Notícias, era eu ainda chefe de Redacção adjunto do Mário Zambujal, compincha dos sete costados, o primeiro dos bons malandros, prenúncio de um best-seller a cujo trabalho de parto assisti. Mas, no qual juro que não participei.

O Raul – a partir de então passei a trata-lo apenas desta maneira singela – ainda não tínhamos desapertado a bacalhauzada, já estava a tratar-me por tu. E pegava na deixa do Mário, ou seja, para ele eu passava a ser o Antunes-sem-mais-nada. Com o teu tamanho, não precisas do Ferreira para nada. Nem esbocei uma mísera tentativa de protesto por esse atentado ao meu apelido de guerra. O Raul dissera, estava dito. (...)

Texto integral [aqui]

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3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Um enorme "BEM-HAJA" a Raul Solnado!

9 de agosto de 2009 às 20:02  
Blogger Maria said...

Henriquamigo:
Chorei e ri a ler o teu texto. Ai mestre, quando eu for grande, queria escrever como tu!
Não te posso dizer nada. Perder um amigo é doloroso que se farta.
Um abraço amigo e vamos fazer a vontade ao Raul de todos nós: "FAÇAMOS O FAVOR DE SER FELIZES" até ao dia em que formos embora como ele.

9 de agosto de 2009 às 21:57  
Blogger mariabesuga said...

De "largos anos" Antunes Ferreira se nos faz a vida toda quando entramos numa amizade assim que já nem sabemos de onde nos vem.

É disso que nos fala o seu texto.

As palavras descrevem um tempo que não importa. Noutra dimensão desse mesmo tempo encontramos os sentidos que comungam do mesmo espírito... É aí que está a essência das coisas. Da vida!...

Beijinho AF

10 de agosto de 2009 às 09:22  

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