Duas bolas de Berlim
Por João Duque
JÁ HÁ MUITO que Dª Zezinha jurava a si mesma que tinha de mudar de vida. Mas as bolas eram de mais. Cada vez que entrava na pastelaria não resistia ao sorriso, em recheio amarelo, daquelas bolas de Berlim. E como "um minuto na boca, nas ancas toda a vida", a balança ia paulatinamente esticando a mola aferidora.
Um dia foi o fim. "Ó gorda! Vai mas é para dentro de água, ó baleia!", gritaram-lhe uns miúdos de dentro do carro eléctrico enquanto ela, afogueada e a rebentar o botão das calças justas a pedirem mais tecido, corria e perdia o trem. A partir de amanhã mudo de vida!
E mudou!
Com esta crise de origem financeira dissemos uníssono: Nunca mais! Logo, o mundo mudou! (...)
Texto integral [aqui]
JÁ HÁ MUITO que Dª Zezinha jurava a si mesma que tinha de mudar de vida. Mas as bolas eram de mais. Cada vez que entrava na pastelaria não resistia ao sorriso, em recheio amarelo, daquelas bolas de Berlim. E como "um minuto na boca, nas ancas toda a vida", a balança ia paulatinamente esticando a mola aferidora.
Um dia foi o fim. "Ó gorda! Vai mas é para dentro de água, ó baleia!", gritaram-lhe uns miúdos de dentro do carro eléctrico enquanto ela, afogueada e a rebentar o botão das calças justas a pedirem mais tecido, corria e perdia o trem. A partir de amanhã mudo de vida!
E mudou!
Com esta crise de origem financeira dissemos uníssono: Nunca mais! Logo, o mundo mudou! (...)
Texto integral [aqui]
Etiquetas: jd
1 Comments:
Mesmo fazendo o dobro do mal, ao menos as bolas têm um lado óptimo, já que continuam a ser doces e saborosas...
Enviar um comentário
<< Home