17.11.09

O berlusconimómetro

Por Helena Matos

HOUVE UM TEMPO em que Berlusconi era, em Portugal, o símbolo daquilo que um político não deve ser. Um ministro era fotografado com o Berlusconi e gerava-se um embaraço na lusa pátria. O pior que se podia dizer de alguém era que se assemelhava a Berlusconi. Todos os dias havia anedotas com o Berlusconi e não havia quem não desse como consensual que o dito Berlusconi usava uns artifícios legais para não ser julgado. Ninguém se interessava pelos crimes de que o dito Berlusconi era acusado, suspeito, envolvido, arguido ou referido. O Berlusconi era culpado à partida. Como é que filmavam, fotografavam, escutavam ou obtinham provas para acusar o Berlusconi era coisa que não interessava a ninguém. O Berlusconi era culpado e pronto. Presumo que assim se deve manter mais ou menos pelo mundo. Acontece que em Portugal agora não dá jeito falar do Berlusconi. Parece mal. Pode falar-se, mas baixinho. (...)

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