18.12.09

Tio Magalhães comprou uma quinta…

Por Joaquim Letria

PARECE QUE O CASO é sério. Fala-se de incumprimento da lei, falta de mínima transparência na gestão da Fundação para as Comunicações Móveis (FCM), vultuosas transferências financeiras imprevistas e injustificadas, lucros transformados em défices, despesas mal explicadas, contas por esclarecer. Tudo isto a embrulhar a operação do minicomputador Magalhães e a famosa empresa da computação J.P. Sá Couto, cujo favorecimento ainda está por esclarecer. Mas há muita gente, por enquanto, a rir-se e a cantar que “Tio Magalhães comprou uma quinta”. Vamos ver por quanto tempo mais…

Sem sair da FCM, um escritório de vão de escada nas Avenidas Novas para receber e distribuir milhões, os inquiridores poderão, se quiserem, averiguar a aplicação pedagógica nas escolas públicas dos Magalhães. É bem possível que uma comissão parlamentar de inquérito, séria, concentrada e aplicada demonstre, aos preocupados cidadãos deste país, que para além da falta de transparência e seriedade de todo este caso, e em cima de todos os esquemas das martingalas típicas deste PS, o caso da FCM é, todo ele, mais uma pouca vergonha de negligência e de desperdício.

«24 horas» de 18 de Dezembro de 2009

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3 Comments:

Blogger R. da Cunha said...

Deve haver aui um lapso, pois quem terá comprado a quinta foi um sobrinho do tio Magalhães e não ele próprio.

18 de dezembro de 2009 às 17:52  
Blogger Sepúlveda said...

Um primo do Sócrates, não é?

19 de dezembro de 2009 às 12:21  
Blogger António Viriato said...

Caro Joaquim Letria,

Mais uma bengalada certeira, na marabunta socratina, disfarçada de amor à modernidade, às novas tecnologias.

Já o Guterres, apesar de Engenheiro Electrotécnico, do IST e de lá saído com altas classificações, sem ajudas de faxes, nem telexes, nem de Secretarias a funcionar aos Domingos, também nos moía a cabeça com a sua paixão das novas telcnologias, dos Computadores, etc., até que uma simples pergunta da Judite de Sousa, salvo erro, pedindo-lhe para identificar o símbolo da arrobinha electrónica @ o deixou embasbacado, confessando até, como bom cristão, que nem usava o computador, nem sequer para compor uma mera carta ou ofício, entregando os rascunhos às suas secretárias, que essas, sim, utilizavam os ditos Computadores.

E assim ficámos a saber que o amor de Guterres das novas tecnologias era sobrtetudo platónico e muito pouco carnal ou concreto.

Este Sócrates informático ou tecnológico revelou-se como o maior vendedor de ilusões que Portugal conheceu nos tempos mais recentes, com a agravante das trapalhadas legais que vai produzindo em quase tudo aquilo em que se mete.

Agora, será a da adjudicação dos computadores Magalhães, provavelmente mais uma campanha negra, quem sabe se oriunda do QG de Belém.

Renovo as saudações pelo artigo. Pode ser que o seu exemplo leve outros jornalistas a variarem os seus alvos, até porque o público é variado e não apreciará sempre a habitual inclinação dos ditos, pouco céleres ou sequer interessados em denunciar as trafulhices da actual maioria.

Um abraço e Bom início de semana.

20 de dezembro de 2009 às 23:28  

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