2.2.10

A festa da Expo

Por Joaquim Letria

QUANDO GUTERRES inventou o negócio da Expo nunca imaginou que Lisboa Oriental viesse a ser tão animada, mesmo com uma marina malcheirosa, um pavilhão multi-usos, casinos, centros comerciais e estações de caminho-de-ferro.
Os tribunais têm contribuído para animar muito aquela zona da capital, além de lhe terem conferido a respeitabilidade única da justiça e atraído arguidos do mais fino trato.
Raro é o dia em que também ali não há gritos, correrias, bordoada da grossa e tiros que, nos telejornais, se vem a saber terem sido de intimidação, dissuasores duma qualquer situação a que as forças da Lei e da Ordem acorreram em boa hora.
Assim aconteceu quando gangs de jovens se envolveram em porrada de criar bicho após a leitura da sentença dum possível assassino e assim voltaria a suceder agora, com uma manifestação de donos de carrosséis, pistas de automóveis, comboios-fantasma, etc..
Num caso e noutro as forças policiais ter-se-iam esmerado e munições de 9 milímetros foram disparadas para o ar, gesto sempre muito apreciado pelos moradores dos andares mais elevados. A Expo é uma festa!
«24 horas» de 2 de Fevereiro de 2010

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1 Comments:

Blogger Ribas said...

Pode ser que o Campus Justiça, dê uma ajuda para baixar o metro quadrado que naquela zona é exurbitante.
Posso imaginar as tertúlias de "meninos do coro" que se vão fazer nos cafés da zona.
Pior é para quem já pagou!!

2 de fevereiro de 2010 às 18:54  

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