26.3.10

Metade dos alemães quer regressar ao marco

Por Joaquim Letria

A CIMEIRA EUROPEIA está a ser o esperado teste aos propósitos de Berlim. Vai ser nesta reunião que se perceberá, de uma vez por todas, se há uma verdadeira solução para a Grécia e se perceberá qual vai ser finalmente adoptada. Terá esta reunião a grande vantagem de nos elucidar. Cada um e todos nós ficaremos a saber com o que verdadeiramente poderemos contar. Logo se verá.
Aceitar o recurso ao FMI para aliviar um estado membro da Europa a 27 é uma possibilidade que se revelou estar no horizonte da Alemanha, assim como admite a expulsão do Euro de algum prevaricador, duas hipóteses não consideradas até há muito pouco tempo atrás.
A verdade é que enquanto se fala em proteger a Europa e o Euro, cada vez há mais alemães (46%) a quererem regressar ao marco e uma percentagem ainda maior que não quer continuar a pagar os vícios sulistas destes PIGS onde, simpaticamente, continuam a incluir-nos, a acolher-nos e a pagar-nos. Já não é só a Europa que treme. É também a confiança no Euro que abana. O que vai acontecer, logo se verá. O que é preciso é fé!
«24 horas» de 26 Mar 10

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1 Comments:

Blogger A. João Soares said...

Caro Joaquim Letria,

Gostei deste seu alerta e não resisti à tentação de transcrever o seu texto para http://domirante.blogspot.com/2010/03/euro-com-morte-anunciada.html e de lhe aditar esta nota, porque procuro evitar fazer transcrições secas sem dar algo de mim.

NOTA: Tudo o que tem início terá fim. Hoje não existem, senão nos livros de história, as associações, os acordos e os tratados de outrora. Foram criados por motivo datado e depois o tempo causou a sua erosão.

O grande inconveniente provém de entretanto se ter perdido a estrutura organizativa e ser difícil o regresso ao que era antes. Por isso, não se espere regressar ao ponto de partida mas avança-se para um novo sistema. Este, para não trazer muitos amargos de boca, deve ser previamente bem estudado e preparado para que a mudança seja para melhor.

Tenho dúvidas se existem homens sensatos e ponderados capazes de planear e programar a mudança por forma a trazer benefícios, sem agravar ainda mais os problemas actuais, no tocante às pessoas, à justiça social, aos direitos liberdades e garantias, sem exploração de todos por uma minoria feudal.

Respeitosos cumprimentos

26 de março de 2010 às 11:11  

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