TEM SIDO muito falada a questão do RSI e do Subsídio de Desemprego. Quanto ao primeiro, pretende-se tornar mais efectivo o controlo sobre quem o recebe; quanto ao segundo, a ideia é que não sejam, sucessiva e injustificadamente, recusadas ofertas de trabalho compatível.
Pois bem; estas duas fotografias, tiradas na mesma avenida de Lisboa (e no mesmo local), mostram duas faces desse problema:
Em cima, vêem-se dois jovens - com quem conversei - que trabalham para uma empresa que está ao serviço da Junta de Freguesia, e que vêm de fora de Lisboa tratar destes ajardinamentos - o que parece fazerem com gosto. Tive pudor de lhes perguntar quanto ganham, mas imagino...
Em baixo, um dos muitos "técnicos de parqueamento automóvel" - que são a verdadeira face da lei naquela avenida no que toca ao estacionamento. A esses, também não perguntei quanto ganham...
Pois bem; estas duas fotografias, tiradas na mesma avenida de Lisboa (e no mesmo local), mostram duas faces desse problema:
Em cima, vêem-se dois jovens - com quem conversei - que trabalham para uma empresa que está ao serviço da Junta de Freguesia, e que vêm de fora de Lisboa tratar destes ajardinamentos - o que parece fazerem com gosto. Tive pudor de lhes perguntar quanto ganham, mas imagino...
Em baixo, um dos muitos "técnicos de parqueamento automóvel" - que são a verdadeira face da lei naquela avenida no que toca ao estacionamento. A esses, também não perguntei quanto ganham...
7 Comments:
Acompanho, de perto, casos de pessoas que, pura e simplesmente, recusam TODO E QUALQUER trabalho.
Pior: quase se ofendiam quando eu, ao princípio, me oferecia para os ajudar a arranjar emprego, responder a anúncios (ou colocá-los), etc.
Com um atestado daqui, uma recusa dacolá (e mais umas conversas da treta debitadas nos Centros de Saúde e de Emprego), essas pessoas conseguem, há anos e anos, "passar entre os pingos da chuva" e viver sem trabalhar, apesar de perfeitamente saudáveis.
Também conheço alguns. Mas, malfadado mas, também há empresários que se aproveitam da miséria dos outros e se queixam, como eu ouvi hoje na SIC, que não encontram quem aceite as suas ofertas de trabalho. Pois, uma delas oferecia 119,00 euros para uma funcionária de limpeza com horário descontinuado, ou seja, apresenta-se sempre que chamada, sem direito a refeições ou transporte.
Isto também é obsceno.
Claro!
Como tudo na vida, também estes problemas têm muitas faces.
Como se diz no texto, estas fotos mostram apenas "duas faces".
... um dos aspectos, que sublinhei, é o facto de os trabalhadores terem de vir de longe!
Estes da foto vêm dos arredores de Cascais, 2 ou 3 vezes por semana.
Os da empresa anterior, vinham de Aljustrel todos os dias!
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Hoje, assisti a uma discussão entre 2 destes arrumadores por causa do "território".
Ao que se vê na foto cabe a zona que vai desde a passadeira de peões (que existe a meio da avenida) até à Alameda... E ele estava a entrar uns metros na área do vizinho, a Norte.
Claro que posso estar a ser injusto, mas o que me passou pela cabeça foi que é bem possível que alguns daqueles marmanjões (que andam a arrumar carros, sem fazerem nada de útil e obrigando as pessoas a pagarem o estacionamento em duplicado perante a passividade da P.M.) sejam beneficiários do RSI, com a desculpa de que não arranjam trabalho "compatível"; e ao lado outros, decerto com iguais "habilitações", a trabalhar com o prazer de quem se sente útil.
Essas medidas do governo só pecam por escassas e só espero que não passem de demagogia, para acalmar os financiadores (sempre os mesmos) desta classe de portugueses que se habituou a viver à custa do Estado Social (no seu pior).
É no que dão estas medidas populistas de fim de mandato eleitoral. Despesa acrescida para um estado, já de si endividado e facturas extra para o trabalhador honesto pagar através dos seus impostos. Enquanto uns vivem sem trabalhar, apesar da saúde, os outros, trabalham para viver e para pagar os delírios, de políticos ávidos de poder.
Pode dizer-se tudo, mas quem acertou na "mouche" foi GMaciel.
A baixa qualidade da Oferta de Emprego, os nossos empregadores ainda não perceberam que a motivação e a rentabilidade estão associadas a condições dignas, muito contribui para o absentismo e para fomentar a tendência, cada vez mais entranhada, para o "subsídio".
Deixe-se bem claro que esta tendência não é só dos candidatos a emprego, mas também dos empregadores. Trabalhei 36 anos nessa área, sei do que falo. Poderia contar-vos "histórias" de pasmar de todo o universo do mundo do "trabalho".
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