Nem pio!
Por Joaquim Letria
OS POLÍTICOS profissionais ficaram caladinhos que nem ratos, sem soltarem pio sobre a emissão do empréstimo obrigacionista, no valor de 3000 milhões de euros, emitido pelo Tesouro português no passado dia 10, para ser pago até Junho de 2020 e que, nos mercados internacionais, teve uma procura 3 vezes superior ao normal. Coitados dos meus netos, que começam a vida endividados até ao pescoço e já a pagar!
Não percebo a razão dos senhores do governo ficarem abespinhados por se falar do estado a que isto chegou. Acham que isto se esconde, que lá fora ninguém sabe?!
Qualquer analista financeiro de segunda linha sabe que as contas de Portugal são desastrosas e que as nossas perspectivas ainda são piores. Isto sabe-o o mundo inteiro, pois tanto se escreve em urdu como em checo, swailli ou em mandarim. Pode ser publicado em todos os meios financeiros internacionais como “Reserved & Confidential”, mas toda a gente sabe o estado em que nos puseram. Então, porquê enganar-nos depois de anos de trafulhices mal cobertas?! Podem ficar descansados, que aquilo que andam a fazer a este pobre país está a sair na Rádio Macuto, no Wall Street Journal, no FT, no Farol de Addis Abeba, no Pravda de Moscovo e na Voz de Angola. E estes, não há PT que compre.
«24 horas» de 2 Mar 10OS POLÍTICOS profissionais ficaram caladinhos que nem ratos, sem soltarem pio sobre a emissão do empréstimo obrigacionista, no valor de 3000 milhões de euros, emitido pelo Tesouro português no passado dia 10, para ser pago até Junho de 2020 e que, nos mercados internacionais, teve uma procura 3 vezes superior ao normal. Coitados dos meus netos, que começam a vida endividados até ao pescoço e já a pagar!
Não percebo a razão dos senhores do governo ficarem abespinhados por se falar do estado a que isto chegou. Acham que isto se esconde, que lá fora ninguém sabe?!
Qualquer analista financeiro de segunda linha sabe que as contas de Portugal são desastrosas e que as nossas perspectivas ainda são piores. Isto sabe-o o mundo inteiro, pois tanto se escreve em urdu como em checo, swailli ou em mandarim. Pode ser publicado em todos os meios financeiros internacionais como “Reserved & Confidential”, mas toda a gente sabe o estado em que nos puseram. Então, porquê enganar-nos depois de anos de trafulhices mal cobertas?! Podem ficar descansados, que aquilo que andam a fazer a este pobre país está a sair na Rádio Macuto, no Wall Street Journal, no FT, no Farol de Addis Abeba, no Pravda de Moscovo e na Voz de Angola. E estes, não há PT que compre.
Etiquetas: JL
2 Comments:
A caixa do Diabo é bem elucidativa. Quando se vê Obama a receber menos que metade do que Soares, Hillary Clinton um quarto de Constâncio, Zapatero um quarto de Granadeiro, ficamos com a certeza daquilo que já há muito sabemos. A que a nossa classe de notáveis, ancient regime, são o cancro nacional que urge extirpar. Se nada fizermos continuarão a presentearem-se de comendas.
Este é "o problema" NACIONAL!
Denominado pelos notáveis de inveja, mesquinhez, denominado pelos "outros" de locupletação, roubo, desigualdade, injustiça, este é realmente o verdadeiro problema nacional. O ancient regime ainda mora em Portugal, agora pela mão dos antigos vencedores e combatentes pela democracia! Dobrado o Cabo Bojador da descolonização, alcançada a União Europeia, falta transpor a decência e acabar com a colonização interna!
Dissem os Notáveis, pudera!, que isto é um fait-divers, um problema menor e marginal. Não faz muita diferença para o orçamento!
Faz! E faz não só pelo quantitativo agregado, faz pela inércia e sensação de injustiça que não cria um espírito de emulação no trabalho a quem se sente mal pago, roubado, duplamente injustiçado pelos novos senhores do antigamente.
Vergonha e nojo de vocês!
Qual navio naufragado!
Com o cinto bem apertado
em cinturas emagrecidas
vê-se o país exportado
de pujanças desvanecidas.
Da demagogia rosada
destes anos fantasiosos
fica a razão enfezada
de discursos falaciosos.
São tantas enfermidades
que custa a acreditar,
escondem-se as verdades
causando muito mal-estar.
Qual navio naufragado
após tantas tempestades,
neste país estragado
por desprezíveis vontades.
Enviar um comentário
<< Home