Relembrando
EM RELAÇÃO ao problema dos dois submarinos alemães, de que agora tanto se fala, há vários aspectos a considerar:
Antes de mais, a própria necessidade deles: Guterres até achava que precisávamos de mais! Mas, por mim, deixo esse assunto aos especialistas em defesa nacional.
Em segundo lugar, as famigeradas contrapartidas: O Estado português faria a despesa (da compra e da manutenção dos navios durante dezenas de anos), enquanto as empresas privadas fariam os negócios lucrativos. A deficiente concretização desse programa tem sido, desde sempre, um problema grave e mal esclarecido. Nesse âmbito, tem-se destacado a voz - lúcida e inconformada - de Henrique Neto.
Finalmente, os possíveis negócios paralelos (comissões, luvas, subornos, financiamentos partidários, preços manipulados, etc.), a necessitar de esclarecimento cabal e urgente.
Antes de mais, a própria necessidade deles: Guterres até achava que precisávamos de mais! Mas, por mim, deixo esse assunto aos especialistas em defesa nacional.
Em segundo lugar, as famigeradas contrapartidas: O Estado português faria a despesa (da compra e da manutenção dos navios durante dezenas de anos), enquanto as empresas privadas fariam os negócios lucrativos. A deficiente concretização desse programa tem sido, desde sempre, um problema grave e mal esclarecido. Nesse âmbito, tem-se destacado a voz - lúcida e inconformada - de Henrique Neto.
Finalmente, os possíveis negócios paralelos (comissões, luvas, subornos, financiamentos partidários, preços manipulados, etc.), a necessitar de esclarecimento cabal e urgente.
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NOTA: a foto, tirada no porto de Barcelona junto a um submarino de madeira (que chegou a navegar!), foi publicada na Visão, em 6 Set 2001, numa pequena paródia à ideia da aquisição dos submarinos (na altura, eram 3) cujos louros cabem, por inteiro e com toda a justiça, ao governo de António Guterres. (Durão Barroso e Paulo Portas só chegariam ao poder no ano seguinte).
5 Comments:
Não tenho 'particular estima' por Paulo Portas nem por Durão Barroso, mas o que está em causa não é isso, mas sim uma visão global dos problema dos submarinos.
E, para se ter essa visão global, há que recuar uns bons 10 anos, e há telhados de vidro em muitos lados.
E eu sei bem do que falo pois, na altura, trabalhava na EFACEC, uma das empresas que estavam à cabeça de um ACE para as contrapartidas (o SUBNACE), fazendo mesmo parte do grupo de trabalho.
E é muito bem lembrado, caro CMR, porque o que mais há, por cá, é desmemoriação colectiva.
E também não morro de amores pelo Portas ou pelo Barroso. Aliás, para ser franca, não morro de amores por político algum.
Na cegueira que a luta partidária por vezes provoca, tenho ouvido pessoas do PS a atacar o "negócio dos submarinos" (como um todo), como se a ideia de enfiar o país nesse grandessíssimo buraco de 200 milhões (de CONTOS!!) não tivesse sido do próprio PS!
Isso, é claro, independentemente de irregularidades que possam ter sido cometidas,depois, pelo PSD/CDS. Tudo isso tem de ser investigado.
Mas a verdade e a honestidade obrigam a analisar o problema em conjunto (ao longo de, pelo menos, 10 anos), e não só a parte que convém a cada um...
Segundo leio hoje no Expresso, ainda antes dos 3 submarinos de Guterres chegou a estar prevista a compra de 4!
Já aqui se escreveu:
«QUASE no final do filme Call Girl, o inspector-chefe da PJ diz aos seus subordinados que investigar políticos é uma grande chatice pois, se prendem um do partido A, têm de ir a correr prender um outro do partido B, para equilibrar - é aquilo a que o João Miguel Tavares se referia quando dizia «Toma lá um Freeport, dá cá um BPN».
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Também neste caso, a rapaziada do Centrão tem escândalos para a troca:
«Ai apanho com o Face Oculta? Então toma lá com os submarinos, para te calares!»
E parece que, entre essa cambada, o truque funciona!
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