Pequenos mas independentes?!
Por Joaquim Letria
QUANDO FOI da Guerra do Golfo, Portugal alinhou com Saddam Hussein, às ordens dos americanos e ingleses, e nunca viu um tostão por isso, apesar das vantagens em petróleo para certas petrolíferas. Portugal perdeu, inclusive, milhões em encomendas de reparações de aviões iranianos na OGMA, da marinha persa no Alfeite e Viana do Castelo, para além de desperdiçarmos importantes vendas de armamento da Fábrica de Braço de Prata e de veículos de transporte e combate da fábrica do Tramagal.
Agora, que algumas inteligências nacionais falam das vantagens de nos virarmos para a energia atómica com fins pacíficos, fingimos, uma vez mais, não ver a disponibilidade de Teerão para, neste campo, ajudar Portugal.
Uma vez mais alinhamos de cócoras onde os nossos donos da NATO e de Washington e Londres nos mandarem e onde Berlim quiser, como na Bósnia, no Kosovo e em Timor.
O Irão, embora às vezes queiram fazer-nos crer o contrário, é um país de progresso, com um programa de energia próprio produzido pelos seus cérebros e com um satélite em órbita criado e mantido pelos seus cientistas. Compreendo certas reservas geo-estratégicas de Tel-Aviv. Mas será que Portugal, a cuidar dos seus interesses, não pode ser um pequeno país independente?!
«24 horas» de 9 Abr 10QUANDO FOI da Guerra do Golfo, Portugal alinhou com Saddam Hussein, às ordens dos americanos e ingleses, e nunca viu um tostão por isso, apesar das vantagens em petróleo para certas petrolíferas. Portugal perdeu, inclusive, milhões em encomendas de reparações de aviões iranianos na OGMA, da marinha persa no Alfeite e Viana do Castelo, para além de desperdiçarmos importantes vendas de armamento da Fábrica de Braço de Prata e de veículos de transporte e combate da fábrica do Tramagal.
Agora, que algumas inteligências nacionais falam das vantagens de nos virarmos para a energia atómica com fins pacíficos, fingimos, uma vez mais, não ver a disponibilidade de Teerão para, neste campo, ajudar Portugal.
Uma vez mais alinhamos de cócoras onde os nossos donos da NATO e de Washington e Londres nos mandarem e onde Berlim quiser, como na Bósnia, no Kosovo e em Timor.
O Irão, embora às vezes queiram fazer-nos crer o contrário, é um país de progresso, com um programa de energia próprio produzido pelos seus cérebros e com um satélite em órbita criado e mantido pelos seus cientistas. Compreendo certas reservas geo-estratégicas de Tel-Aviv. Mas será que Portugal, a cuidar dos seus interesses, não pode ser um pequeno país independente?!
Etiquetas: JL
2 Comments:
Ora, isso até parecia mal. Pelo menos seria quebrar a tradição do modo de ser e de actuar dos políticos que vamos escolhendo. D-e-m-o-c-r-a-t-i-c-a-m-e-n-t-e!
Nobre povo. Nação inteligente.
Não querendo ser demasiado cínica, lembro que "pequeno" e "independente" não conjugam. Infelizmente!
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