Em cada pirata um amigo
Por Joaquim Letria
A IMPRENSA espanhola, da católica Europa Press ao socialista “El País”, mostrou-se surpreendida por o ministro português da Ciência e Tecnologia, Mariano Gago, se referir à pirataria cultural como um sinal de progresso.
Quem fala assim não é Gago, responde o ministro desdobrando-se em comunicados e explicações.
Em Madrid, num fórum internacional sobre governação e internet, Gago terá afirmado que “a indústria cultural não tem de ver a pirataria como um inimigo, pois tem sido uma fonte de progresso e globalização”.
Gago já saltitou de correcções para explicações e emendas, deixando a ideia que “naturalmente condena toda a pirataria que retira aos produtores e autores a capacidade de prosseguirem a sua capacidade de criação, transferindo ilegalmente para empresas distribuidoras o valor devido aos produtores e autores.”
Mas a verdade é que também disse que ”a notoriedade alcançada através da difusão à escala global de conteúdos, mesmo quando ilegítima, é em muitos casos fonte de valor para os próprios produtores e autores, e que o desafio actual consiste em encontrar respostas equilibradas a essa nova realidade”.
Há quem queira que o ministro se explique melhor. No lugar dele ficava calado, para não pôr mais remendos verdes em pano azul.
«24 horas» de 7 Mai 10
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NOTA (CMR): juntei o único vídeo que encontrei sobre o assunto.
Etiquetas: JL
1 Comments:
Mas quem é que os cala? Estes tipos não podem ter tempo de antena que a vaidade logo se suplanta ao bom senso, daí tanto disparate atrás um do outro.
Antes não mexam no soneto.
:)
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