Saudades deste pasquim
Por Joaquim Letria
OS JORNAIS nascem e morrem, como as pessoas. Estive em mais nascimentos do que mortes, felizmente. Criar empregos e ver jovens a crescer é coisa boa, principalmente quando se gosta do que se faz e essa satisfação compensa.
Este número do 24 Horas é o último desta incarnação. Os jornais e as revistas também reincarnam e voltam a viver, às vezes à procura da identidade perdida, outras, nem por isso. Não me surpreenderia se, um dia, alguém fizesse renascer este título.
Isso já me aconteceu, e há por aí jornais que criei e hoje têm outro nome e até há um que mudou de sexo e agora é uma revista, enquanto também criei revistas que continuam revistas e fiz um periódico que foi assassinado e não ressuscitará.
Não sei se o 24 Horas regressa um dia, ou se acaba aqui. Mas sei que durante mais de uma década escrevi aqui todos os dias sem falhar, sem ninguém me censurar, me criticar, me pressionar ou me despedir.
O 24 Horas foi um espaço de liberdade e uma escola de jovens anseios que dificilmente conseguirão desentranhar dessas paredes.
Vou ter saudades deste pasquim e dos seus jovens. Vocês também lhe sentirão a falta, quando descobrirem que não há mais nada no intervalo entre o politicamente correcto e a realidade que mandam os “paperboys” inventar. Que o 24Horas descanse em paz!
«24 horas» de 29 Jun 10OS JORNAIS nascem e morrem, como as pessoas. Estive em mais nascimentos do que mortes, felizmente. Criar empregos e ver jovens a crescer é coisa boa, principalmente quando se gosta do que se faz e essa satisfação compensa.
Este número do 24 Horas é o último desta incarnação. Os jornais e as revistas também reincarnam e voltam a viver, às vezes à procura da identidade perdida, outras, nem por isso. Não me surpreenderia se, um dia, alguém fizesse renascer este título.
Isso já me aconteceu, e há por aí jornais que criei e hoje têm outro nome e até há um que mudou de sexo e agora é uma revista, enquanto também criei revistas que continuam revistas e fiz um periódico que foi assassinado e não ressuscitará.
Não sei se o 24 Horas regressa um dia, ou se acaba aqui. Mas sei que durante mais de uma década escrevi aqui todos os dias sem falhar, sem ninguém me censurar, me criticar, me pressionar ou me despedir.
O 24 Horas foi um espaço de liberdade e uma escola de jovens anseios que dificilmente conseguirão desentranhar dessas paredes.
Vou ter saudades deste pasquim e dos seus jovens. Vocês também lhe sentirão a falta, quando descobrirem que não há mais nada no intervalo entre o politicamente correcto e a realidade que mandam os “paperboys” inventar. Que o 24Horas descanse em paz!
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