NÃO se trata de gralhas em textos de jornal, mas de erros em dois placards comerciaise num AVISO, como se pode confirmar [aqui].Neste, o Decreto-Lei invocado é ainda referido como Decreto de lei.
Se prestarmos um mínimo de atenção, isso nem é nada. Repare-se nas seguintes questões.
Escrevem septicémia, biópsia, medicação. Usam os verbos reflexos como porcos Não são capazes de construir uma frase com os elementos devidamente colocados onde deve ser. Desconhecem diferença entre: receber e recepcionar, constar em e constar de.
Isto é o resultado da desinformação nacional e dos animais a quem chamam doutores, corroídos e comidos de pedantismo crasso ao extremo, ignorantes. É também consequente dum sistema de ensino ineficiente que deixa as pessoas tão ignorantes que dão ouvidos aos erros e os repetem como papagaios.
Se formos ver como falam, então que dizer? Paço di Arcos, Av. Duque di Ávila. Costa de Caparica. os talibã (como os italiano ou os francês), etiúpes, diucese, preveligiado, cadavres, prognóstico por diagnóstico.
Palavras estrangeiras, basta ouvi-los pronunciar Manchester, bad e bed, ou o nome da filha desaparecida dos McCanns. Depois dos pais repetirem o nome centenas de vezes, só podem ser estúpidos, pedantes ou impostores.
Isto nem são mais que gotas duma piscina cheia, apenas um curto comentário.
Catarina~, Há muito que não há revisores (os chamados críticos literários da RTP e ex Emissora Nacional de Radiodifusão). Consideraram que os doutores da trampa eram suficientemente sábios para os dispensarem. Vê-se o resultado.
Desconhecia a inexistência de revisores. Qualquer escrito (em revistas, jornais, livros, traduções, etc) deve ser lido e corrigido por outra pessoa. O resultado está à vista... Lamentável!
Sim, existe a profissão de "revisor" (nomeadamente nos livros) e, nos jornais e revistas, chamam-lhes "copy-desk". Nestes, têm também a função de uniformizar as grafias, visto que publicam textos de muitos autores.
Mas o que sucede em textos de anúncios comerciais (letreiros de lojas, etc) é um pouco diferente:
Nalguns casos, é o comerciante que, ao encomendar o trabalho, escreve com erros (como LANGERIE na Rua da Palma e FARUESTE em Lagos). Noutros, é na "gráfica" que se enganam, mas o cliente aceita o trabalho acriticamente.
Ainda há dias aqui se mostrou um restaurante com 2 nomes: PALHAREIRO / PALHEIREIRO, correcto no toldo, errado na placa de parede.
Aqui, estamos perante autênticos analfabetos, sejam os comerciantes, sejam os gráficos. No tempo da minha 4.ª classe (que digo?, na 4.ª classe do meu pai, que Deus haja) chumbavam todos. Agora, os licenciados em jornalismo cometem erros impensáveis, como todos comprovamos ao ler jornais ou ouvir rádios e TVs. Ainda há dias ouvi uma jornalista da Antena 1 dizer que os bombeiros "interviram" rapidamente. Eu, director que fosse, punha a senhora a andar. Receio que o director seja da mesma "univbersidade"...
Claro que não tinha importância nenhuma! Quem são as criaturas mais bonitas para a mãe-coruja? E sei lá se o novo Acordo Ortográfico ainda não vai permitir que cada um escreva (e fale) como bem lhe apeteça?
Expressei-me mal, Carlos. Sei que existem os tais revisores para os livros, revistas, etc. Também concordo que o quarto ano de hoje é diferente da nossa quarta classe. Não tínhamos computadores e, consequentemente, correctores automáticos que corrigem erros ortográficos e sintáticos. O ensino é diferente. Os estudantes de hoje aprendem outras matérias, são “naturalmente” barras em informática mas falta-lhes certas bases que eram obrigatórias no tempo em que nós frequentámos a primária e a secundária. Todas os processos evolutivos têm as suas vantagens e desvantagens. Mais vantagens estou em crer... de contrário estagnamos no tempo.
Eu própria necessito de um revisor: “Todas” os processos. Por vezes, não prestamos a devida atenção ao que escrevemos na caixa dos comentários, porque o propósito é transmitir a nossa opinião e não demonstrar as nossas competências de escrita. Estou a tentar desculpar-me... : )
Um comentário num blogue não precisa de ter nenhum rigor especial. É um texto escrito a correr (por vezes até com abreviaturas), quase como a expressão oral, onde as gralhas não têm qualquer significado.
Já o mesmo não se deve aplicar aos textos dos 'posts'. Tenho pena quando vejo alguns com erros de palmatória (até nos títulos) que, mesmo quando avisados, os autores não corrigem. Há pouco, um blogue muito conhecido falava em "trás" (de verbo trazer)...
Mas há pior: o que dizer da RTP-N que ainda há 20 minutos se referia, em texto de rodapé, a um COMÍSSIO do PS? Fui a correr buscar a máquina fotográfica, mas quando voltei já tinham corrigido...
Vale a pena ter a máquina fotográfica sempre à mão, Carlos! : ) A propósito de fotografias, até há relativamente pouco tempo a minha máquina fotográfica só era utilizada umas quantas vezes por ano: em viagens, passeios especiais e para “gravar” no tempo celebrações anuais! Actualmente, e motivada pelo Carlos e pelo Luís Bonito, mantenho a máquina no meu carro ou na mala para tirar fotos a tudo aquilo que agora me desperta a atenção. Estou na fase de apreciar com muito mais intensidade e emoção o ambiente que me rodeia em vez de, como os ingleses dizem, “taking it for granted”. Ambos merecem o meu agradecimento por despertarem em mim este lado artístico, se assim se pode chamar. Que petulância da minha parte! : )
Durante muitos anos fui um maluquinho por fotografia. Aprendi tudo o que podia, lia todos os livros e revistas da especialidade que apanhava à mão, e tinha máquinas de todos os tipos e mais alguns (desde uma Kodak 6x9 de 1920 até Polaroids...). E também fazia as revelações. Ah! E chegava a construir teleobjectivas, acesórios para macrofotografia, etc.
Neste momento, isso está tudo guardado, e estas fotos que afixo no blogue são tiradas com um TM Sony-Erikson, que anda sempre no bolso e tem uma boa câmara.
Das outras experiências ficou-me o gosto por um bom instantâneo, pela pesquisa de um bom assunto, e por uma grande atenção ao enquadramento (que, no PC, é fácil).
12 Comments:
Os revisores estavam a dormir...
Caro Bloguista,
Se prestarmos um mínimo de atenção, isso nem é nada. Repare-se nas seguintes questões.
Escrevem septicémia, biópsia, medicação.
Usam os verbos reflexos como porcos
Não são capazes de construir uma frase com os elementos devidamente colocados onde deve ser.
Desconhecem diferença entre: receber e recepcionar, constar em e constar de.
Isto é o resultado da desinformação nacional e dos animais a quem chamam doutores, corroídos e comidos de pedantismo crasso ao extremo, ignorantes. É também consequente dum sistema de ensino ineficiente que deixa as pessoas tão ignorantes que dão ouvidos aos erros e os repetem como papagaios.
Se formos ver como falam, então que dizer?
Paço di Arcos, Av. Duque di Ávila. Costa de Caparica. os talibã (como os italiano ou os francês), etiúpes, diucese, preveligiado, cadavres, prognóstico por diagnóstico.
Palavras estrangeiras, basta ouvi-los pronunciar Manchester, bad e bed, ou o nome da filha desaparecida dos McCanns. Depois dos pais repetirem o nome centenas de vezes, só podem ser estúpidos, pedantes ou impostores.
Isto nem são mais que gotas duma piscina cheia, apenas um curto comentário.
Catarina~,
Há muito que não há revisores (os chamados críticos literários da RTP e ex Emissora Nacional de Radiodifusão). Consideraram que os doutores da trampa eram suficientemente sábios para os dispensarem. Vê-se o resultado.
Desconhecia a inexistência de revisores. Qualquer escrito (em revistas, jornais, livros, traduções, etc) deve ser lido e corrigido por outra pessoa. O resultado está à vista... Lamentável!
Catarina,
Sim, existe a profissão de "revisor" (nomeadamente nos livros) e, nos jornais e revistas, chamam-lhes "copy-desk".
Nestes, têm também a função de uniformizar as grafias, visto que publicam textos de muitos autores.
Mas o que sucede em textos de anúncios comerciais (letreiros de lojas, etc) é um pouco diferente:
Nalguns casos, é o comerciante que, ao encomendar o trabalho, escreve com erros (como LANGERIE na Rua da Palma e FARUESTE em Lagos). Noutros, é na "gráfica" que se enganam, mas o cliente aceita o trabalho acriticamente.
Ainda há dias aqui se mostrou um restaurante com 2 nomes: PALHAREIRO / PALHEIREIRO, correcto no toldo, errado na placa de parede.
Aqui, estamos perante autênticos analfabetos, sejam os comerciantes, sejam os gráficos. No tempo da minha 4.ª classe (que digo?, na 4.ª classe do meu pai, que Deus haja) chumbavam todos. Agora, os licenciados em jornalismo cometem erros impensáveis, como todos comprovamos ao ler jornais ou ouvir rádios e TVs. Ainda há dias ouvi uma jornalista da Antena 1 dizer que os bombeiros "interviram" rapidamente. Eu, director que fosse, punha a senhora a andar. Receio que o director seja da mesma "univbersidade"...
Em tempos, Edite Estrela criticava - e muito bem - os erros que os políticos cometiam (a falar e a escrever).
A certa altura, o entrevistador perguntou-lhe o que achava do famoso «Hádem», de Jorge Coelho...
Como se tratava de um camarada de partido, ela disse que «Isso não tinha importância»!
Claro que não tinha importância nenhuma! Quem são as criaturas mais bonitas para a mãe-coruja?
E sei lá se o novo Acordo Ortográfico ainda não vai permitir que cada um escreva (e fale) como bem lhe apeteça?
Expressei-me mal, Carlos. Sei que existem os tais revisores para os livros, revistas, etc.
Também concordo que o quarto ano de hoje é diferente da nossa quarta classe. Não tínhamos computadores e, consequentemente, correctores automáticos que corrigem erros ortográficos e sintáticos. O ensino é diferente. Os estudantes de hoje aprendem outras matérias, são “naturalmente” barras em informática mas falta-lhes certas bases que eram obrigatórias no tempo em que nós frequentámos a primária e a secundária. Todas os processos evolutivos têm as suas vantagens e desvantagens. Mais vantagens estou em crer... de contrário estagnamos no tempo.
Eu própria necessito de um revisor: “Todas” os processos.
Por vezes, não prestamos a devida atenção ao que escrevemos na caixa dos comentários, porque o propósito é transmitir a nossa opinião e não demonstrar as nossas competências de escrita.
Estou a tentar desculpar-me... : )
Claro.
Um comentário num blogue não precisa de ter nenhum rigor especial. É um texto escrito a correr (por vezes até com abreviaturas), quase como a expressão oral, onde as gralhas não têm qualquer significado.
Já o mesmo não se deve aplicar aos textos dos 'posts'. Tenho pena quando vejo alguns com erros de palmatória (até nos títulos) que, mesmo quando avisados, os autores não corrigem. Há pouco, um blogue muito conhecido falava em "trás" (de verbo trazer)...
Mas há pior: o que dizer da RTP-N que ainda há 20 minutos se referia, em texto de rodapé, a um COMÍSSIO do PS?
Fui a correr buscar a máquina fotográfica, mas quando voltei já tinham corrigido...
Vale a pena ter a máquina fotográfica sempre à mão, Carlos! : )
A propósito de fotografias, até há relativamente pouco tempo a minha máquina fotográfica só era utilizada umas quantas vezes por ano: em viagens, passeios especiais e para “gravar” no tempo celebrações anuais! Actualmente, e motivada pelo Carlos e pelo Luís Bonito, mantenho a máquina no meu carro ou na mala para tirar fotos a tudo aquilo que agora me desperta a atenção. Estou na fase de apreciar com muito mais intensidade e emoção o ambiente que me rodeia em vez de, como os ingleses dizem, “taking it for granted”. Ambos merecem o meu agradecimento por despertarem em mim este lado artístico, se assim se pode chamar. Que petulância da minha parte! : )
Durante muitos anos fui um maluquinho por fotografia. Aprendi tudo o que podia, lia todos os livros e revistas da especialidade que apanhava à mão, e tinha máquinas de todos os tipos e mais alguns (desde uma Kodak 6x9 de 1920 até Polaroids...). E também fazia as revelações.
Ah! E chegava a construir teleobjectivas, acesórios para macrofotografia, etc.
Neste momento, isso está tudo guardado, e estas fotos que afixo no blogue são tiradas com um TM Sony-Erikson, que anda sempre no bolso e tem uma boa câmara.
Das outras experiências ficou-me o gosto por um bom instantâneo, pela pesquisa de um bom assunto, e por uma grande atenção ao enquadramento (que, no PC, é fácil).
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