O código numérico de Platão
Por Nuno Crato
FOI ANUNCIADO nos meios académicos que Jay Kennedy, um historiador de ciência da Universidade de Manchester, acaba de descobrir o “código secreto” do mais famoso dos filósofos gregos. O seu estudo foi publicado na revista “Apeiron”, dedicada ao estudo da filosofia e ciência da Antiguidade, e é anunciada pelo próprio como o começo da descoberta da “filosofia escondida de Platão”.
Jay Kennedy, um filósofo que estudou matemática em Princeton e Stanford antes de se dedicar aos estudos clássicos, baseia-se essencialmente na contagem das linhas dos textos gregos. A ideia pode parecer estranha, mas há várias razões que tornam comum este tipo de análise. (...)
Texto integral [aqui]FOI ANUNCIADO nos meios académicos que Jay Kennedy, um historiador de ciência da Universidade de Manchester, acaba de descobrir o “código secreto” do mais famoso dos filósofos gregos. O seu estudo foi publicado na revista “Apeiron”, dedicada ao estudo da filosofia e ciência da Antiguidade, e é anunciada pelo próprio como o começo da descoberta da “filosofia escondida de Platão”.
Jay Kennedy, um filósofo que estudou matemática em Princeton e Stanford antes de se dedicar aos estudos clássicos, baseia-se essencialmente na contagem das linhas dos textos gregos. A ideia pode parecer estranha, mas há várias razões que tornam comum este tipo de análise. (...)
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8 Comments:
Lerda e leiga que sou em matemática, apraz-me dizer que percebi - acho que se contam pelos dedos duma mão as vezes que isto sucedeu - uma explicação matemática. Porque raios não apanhei eu um professor como o Nuno Crato???
:D
Já agora, "Apeiron", se bem me lembro, quer dizer contrastes, opostos, não é? Nome curioso para uma revista, apesar de versar filosofia.
E será caso para perguntar: porque não utilizamos a base 12, em lugar da decimal
Para variar, um comentário em forma de quadras...
Esse número abundante,
de enorme significado,
não é, de facto, redundante
para, assim, ser explicado.
A filosofia escondida
nesse número codificado,
aos poucos, fica desimpedida
de tanto assunto embicado.
R. da Cunha,
Na realidade, usamos várias "bases":
A 12 para ovos e sardinhas, p. ex. (porque é importante poder dividi-las por dois, três, quatro ou seis).
A 60 para ângulos e tempo (vem dos tempos da Babilónia e ficou).
A 10 para contagem e contas (porque o Homem tem 10 dedos, e a
contagem começou sempre por aí).
A 20, idem, em certos povos (que incluem os dedos dos pés).
E ainda:
Para as horas e para os meses, usamos o 12.
Para os ângulos, existe a variante decimal dos "grados" (um ângulo recto tem 100), que facilitam muito as contas mas não têm "agradado" muito...
Para o tempo, tem havido tentativas de usar o sistema decimal (1 hora com 100 minutos e 1 minuto com 100 segundos) mas também não tem pegado.
O Calendário Revolucionário Francês, que vigorou durante algum tempo, usou alguns valores decimais. Ver [aqui]
Bolas para a matemática! Qualquer dia não passo de uma linha na esticometria na minha ascendència e da minha descendência. Resta saber em que linhas se encontram as virtudes e os pecados das minhas análises de tudo que não passa de política de trazer por casa.
Jorge Manuel Brasil Mesquita
Lisboa, 18/08/2010
Caro CMR
Consegui o meu objectivo... Era esse tipo de respostas que esperava.
Grato.
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