22.8.10
Contribuidores
- A. M. Galopim de Carvalho
- António Barreto
- Antunes Ferreira
- Nuno Crato
- Guilherme Valente
- Alice Vieira
- J. L. Saldanha Sanches
- Carlos Medina Ribeiro
- Joaquim Letria
- Carlos Barroco Esperança
- Helena Roseta
- Pedro Barroso
- João Duque
- Nuno Brederode Santos
- Alfredo Barroso
- Maria Filomena Mónica
- Manuel João Ramos
- Carlos Pinto Coelho
Artigos anteriores mais recentes
- Quiromantes e espanholas
- Luz - Porto e Gaia, Ponte D. Luís
- Caso estranho: político unânime!
- NÃO se trata de gralhas em textos de jornal, mas d...
- A enxaqueca nacional
- Adivinhem de quem são...
- «Dito & Feito»
- Apontamentos de Lisboa
- Os rapazinhos andróginos
- TERMINOU, há momentos, o passatempo cujo prémio se...
10 Comments:
E eu também, mas desde sempre! Sempre que via esta barbaridade na TV, havia aplauso fulminhate, de minha parte, para todo o tipo de agressão aos agressores. ;)
Eu também.
Sou profundamente contra esta barbaridade.
Gosto de ver uma tourada... aprecio a perícia, a habilidade, o bailado do toureiro e do seu cavalo, gosto de ver os movimentos lentos e precisos de um toureiro com a sua capa encarnada. Gosto das cores, da música... mas gosto apenas até ao momento em que as bandarilhas ainda não foram espetadas no touro. Só assisti uma única vez a uma tourada ao vivo. Há muitos anos. E decidi, nessa noite, que apesar da grandiosidade de parte desse espectáculo, eu nunca mais iria ser mais um membro de um público tauromáquico... a não ser que houvesse touradas sem sofrimento por parte dos touros, sem bandarilhas, sem ferros, sem espadas.
I agree with lady Cathrine!
No entanto, a tourada, na sua essência, reveste-se de alguns... "motivos" que remontam a outras épocas.
Nos nossos dias, o espectáculo reveste-se de as pectos bárbaros, no entanto, continua a simbolizar a eterna luta entre o bem (representado pelo conjunto, cavalo/cavaleiro e o forcado) e o mal (representado pelo touro bravo). O sangue, simboliza a vitória que normalmente, cabe ao bem, o que faz com que o universo prossiga o seu rumo, sempre enquadrado na dinâmica desta luta, que pretende resultar em equilíbrio.
Depois... bom... depois a visão do sangue, seja do touro, seja do toureiro, desperta nas gentes as mais diferentes reacções. Dizem-me que algumas senhoras atingem o orgasmo durante uma única faena.
Não posso confirmar, ou desmentir, talvez José Saramago se ainda vivesse, pudesse desvendar-nos este misterioso segredo. Se não estou em erro, no seu "Cerco da Cidade de Lisboa" o escritor alude a esse efeito, quando descreve uma procissão na Lisboa de outras épocas, em que os cavalheiros, ao passar em frente à varanda onde se encontrava a sua amada, se chicoteavam até sangrar, o que provocava nas damas um efeito... erótico.
Bartolomeu,
A crueldade e a sexualidade andam frequentemente de mãos dadas, talvez porque activem zonas do cérebro muito próximas.
Catarina,desculpe mas não se pode gostar de touradas pela metade...
Aliás se pensar bem, não é só quando entram as bandarilhas que começa a barbárie. Quando está a apreciar o bailado entre cavaleiro/cavalo imagine que o touro espeta os cornos no cavalo... Está a imaginar? Pois. Não é só a tortura do touro, que não escolheu estar ali, é também o cavalo que também não escolheu estar ali. Neste espectáculo bárbaro só o homem escolheu estar ali....
Sabe o que me ocorre quando muito fugazmente vejo imagens de touradas? Ocorre-me que encontro semelhanças com os espectáculos nos circos romanos, isto com as devidas distâncias claro, mas é o que me ocorre.
Quem vai a uma tourada vai para ver sangue, as cores, a música e tudo o resto são apenas "adereços", ali o que interessa é correr o sangue do touro.
Bartolomeu, já vai sendo tempo do
homem arranjar outros personagens para representar a eterna luta do bem contra o mal....
Compreendo o que está a dizer, Macy. Perfeitamente. Por sorte, naquela primeira e única ida à tourada (quando tinha vinte e poucos anos) nada aconteceu nem aos cavalos nem aos toureiros. Talvez por mero acaso, não sei.
Na verdade, macy, o "homem" personifica esta eterna luta, de muitas outras formas, fazendo com que o seu semelhante sangre, retirando desse sangrar, o seu próprio proveito.
Por exemplo, os governos, esse grupo de cavaleiros, exímios lidadores, que nos espetam em profundidade, bandarilhas que sangram.
A diferença, entre nós e o toiro, é que o animal irracional, não pediu para ser espetado, nem para que ali esteja, aquele que o espeta.Talvez por isso, dá luta, defende-se com a coragem e as armas que possui. Ao passo que nós, animais racionais, pedimos aos cavaleiros para ocuparem o "cavalo" do alto do qual nos espetarão as farpas. Talvez por isso... não damos luta. Aliás, até aplaudimos...
Bartolomeu, concordo inteiramente com o seu segundo comentário!
Ele morre sempre, e os aficionados também não ficarão para semente.
Enviar um comentário
<< Home