Se a menina quisesse...
Por Alice Vieira
DESCIAM a Calçada do Combro, Lisboa ardia naquela tarde de fim de verão, as duas queixando-se “deste tempo em que as estações já não querem dizer nada.” Recordaram ambas as tardes em que iam com as mães à Baixa, comprar tecido para os “fatos de meia-estação”…
“Meia-estação”, diz a minha filha, é metade da Gare do Oriente…”
Entram num café, que ainda se chama “leitaria”, as mesas ocupadas por mulheres do bairro, que discutem, com a mulher ao balcão, doenças, insónias e falta de dinheiro.
Arranjam uma mesa ao fundo. De repente ela olha em volta e desata a rir:
“Há mais de 30 anos que não entrava aqui!” (...)
Texto integral [aqui]DESCIAM a Calçada do Combro, Lisboa ardia naquela tarde de fim de verão, as duas queixando-se “deste tempo em que as estações já não querem dizer nada.” Recordaram ambas as tardes em que iam com as mães à Baixa, comprar tecido para os “fatos de meia-estação”…
“Meia-estação”, diz a minha filha, é metade da Gare do Oriente…”
Entram num café, que ainda se chama “leitaria”, as mesas ocupadas por mulheres do bairro, que discutem, com a mulher ao balcão, doenças, insónias e falta de dinheiro.
Arranjam uma mesa ao fundo. De repente ela olha em volta e desata a rir:
“Há mais de 30 anos que não entrava aqui!” (...)
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