Lugares
Por João Paulo Guerra
OS IRMÃOS Portas serão um filho único? Certo é que há um Portas a negociar o próximo governo - acordo, programa e composição - que está a ultrapassar pela esquerda, como faria o outro Portas, o liberal líder do Partido Social-Democrata. A confusão ideológica em Portugal propicia barafundas que tais. E basta ver quantos partidos foram alterando ou acrescentando nomes e siglas ao nome de baptismo. O Centro Democrático Social, que se reclamava centrista, do extremo-centro, é desde há alguns anos também Partido Popular; tal como o Partido Popular Democrático é de há muito Partido Social Democrata. Sendo que social democrata era o Partido Socialista, pelo menos até à liderança Sócrates que adoptou uma coisa chamada «socialismo moderno»: o que significa tudo menos socialismo. Porque socialismo é com o Partido Comunista e com o Bloco de Esquerda, do tal outro Portas.
E agora, quando o líder do Partido Social Democrata quer privatizar tudo e mais alguma coisa - a começar pelas águas, a Caixa e a caixa que mudou Portugal - é o líder centrista, democrático-social ou popular, seja lá o que for, que opõe reservas à fúria privatizadora. Como também bate o pé ao negócio pré-eleitoral que escandalizou meio mundo, candidatando um candidato a deputado ao cargo de presidente da Assembleia da República.
Ou será que tantas reservas e finca-pés são simplesmente artimanhas e disfarces para regatear mais um ou outro lugar na corrida ao elenco governativo? É que houve uma discreta dirigente local do CDS que perdeu toda a discrição e escreveu que para o partido «este é o momento de correr atrás dos lugares».
Os portugueses vão ter de esperar um dia ou dois para conhecerem a composição do Governo e terem a resposta ao mistério.
«DE» de 15 Junho 11OS IRMÃOS Portas serão um filho único? Certo é que há um Portas a negociar o próximo governo - acordo, programa e composição - que está a ultrapassar pela esquerda, como faria o outro Portas, o liberal líder do Partido Social-Democrata. A confusão ideológica em Portugal propicia barafundas que tais. E basta ver quantos partidos foram alterando ou acrescentando nomes e siglas ao nome de baptismo. O Centro Democrático Social, que se reclamava centrista, do extremo-centro, é desde há alguns anos também Partido Popular; tal como o Partido Popular Democrático é de há muito Partido Social Democrata. Sendo que social democrata era o Partido Socialista, pelo menos até à liderança Sócrates que adoptou uma coisa chamada «socialismo moderno»: o que significa tudo menos socialismo. Porque socialismo é com o Partido Comunista e com o Bloco de Esquerda, do tal outro Portas.
E agora, quando o líder do Partido Social Democrata quer privatizar tudo e mais alguma coisa - a começar pelas águas, a Caixa e a caixa que mudou Portugal - é o líder centrista, democrático-social ou popular, seja lá o que for, que opõe reservas à fúria privatizadora. Como também bate o pé ao negócio pré-eleitoral que escandalizou meio mundo, candidatando um candidato a deputado ao cargo de presidente da Assembleia da República.
Ou será que tantas reservas e finca-pés são simplesmente artimanhas e disfarces para regatear mais um ou outro lugar na corrida ao elenco governativo? É que houve uma discreta dirigente local do CDS que perdeu toda a discrição e escreveu que para o partido «este é o momento de correr atrás dos lugares».
Os portugueses vão ter de esperar um dia ou dois para conhecerem a composição do Governo e terem a resposta ao mistério.
Etiquetas: autor convidado, JPG
1 Comments:
E para quê a discrição se este povinho mesmo conhecendo as "indiscrições" continua a votar massivamente nos mesmos?
Eu sei que sou chata, mas não consigo encontrar meia dúzia de culpados quando existem milhões deles.
Enviar um comentário
<< Home