Um pequenino voto mas grande passo...
Por Ferreira Fernandes
O IMPORTANTE não é que o Governo (qualquer Governo) tenha uns tempos em estado de graça. O importante é os governados verem o seu Governo a ter oportunidade de mostrar o que vale. Sobretudo os governados, como é o nosso caso, com corda na garganta, merecem a suspensão momentânea de pozinhos na engrenagem.
Quanto tempo significa aquele "momentânea"? Os americanos costumam dar 100 dias, ao fim dos quais, o próprio Presidente (o chefe do Governo americano) faz o seu balanço - a tradição começou no primeiro mandato de Franklin Roosevelt, que naqueles primeiros três meses desatou a legislar como um danado (porque a situação também o era: a crise de 1929 ameaçava dar cabo do sistema financeiro americano). Desde aí, tornou-se costume dos jornais e dos políticos, correligionários e adversários, adiarem por 100 dias as palmas ou os insultos.
Estado de graça é assim como um sentido de Estado generalizado, em que todos reconhecemos uma consequência óbvia da democracia: se a maioria votou por um Governo, este tem direito a governar. E decorre desse direito que o seu início não seja torpedeado por pressões insuportáveis sobre quem ainda só tacteia.
Exemplo concreto de sentido de Estado: o socialista António Costa a dizer que votaria no candidato que o PSD apresentasse para a presidência da AR, porque esse é o costume parlamentar e não estamos em tempos de questiúnculas, nem Fernando Nobre é um pestífero.
«DN» de 19 Jun 11O IMPORTANTE não é que o Governo (qualquer Governo) tenha uns tempos em estado de graça. O importante é os governados verem o seu Governo a ter oportunidade de mostrar o que vale. Sobretudo os governados, como é o nosso caso, com corda na garganta, merecem a suspensão momentânea de pozinhos na engrenagem.
Quanto tempo significa aquele "momentânea"? Os americanos costumam dar 100 dias, ao fim dos quais, o próprio Presidente (o chefe do Governo americano) faz o seu balanço - a tradição começou no primeiro mandato de Franklin Roosevelt, que naqueles primeiros três meses desatou a legislar como um danado (porque a situação também o era: a crise de 1929 ameaçava dar cabo do sistema financeiro americano). Desde aí, tornou-se costume dos jornais e dos políticos, correligionários e adversários, adiarem por 100 dias as palmas ou os insultos.
Estado de graça é assim como um sentido de Estado generalizado, em que todos reconhecemos uma consequência óbvia da democracia: se a maioria votou por um Governo, este tem direito a governar. E decorre desse direito que o seu início não seja torpedeado por pressões insuportáveis sobre quem ainda só tacteia.
Exemplo concreto de sentido de Estado: o socialista António Costa a dizer que votaria no candidato que o PSD apresentasse para a presidência da AR, porque esse é o costume parlamentar e não estamos em tempos de questiúnculas, nem Fernando Nobre é um pestífero.
Etiquetas: autor convidado, F.F
2 Comments:
Subscrevo!
Não votei em nenhum dos partidos do novo governo, mas considero pestilenta esta necessidade de se denegrir aqueles que ainda nem se sentaram na tortuosa cadeira que os espera.
O mais engraçado é - sem qualquer graça - que se são sempre os mesmos é por causa das clientelas partidárias e distribuição de tachos aos amigos, se são rostos novos, não são políticos, não têm experiência governativa e o diabo a sete.
Haja pachorra!!!
Qualquer um pode ser o que deseja,basta que alguém arranjar o lugar...
Nem parece seu!
António anda por maus caminhos e espero que, quando chegar a sua vez,não se entusiasme demasiado com os vegetais...tb. os da Liberdade
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