Por favor, não mastiguem pneus
Por Ferreira Fernandes
VOU DIZER o que quis dizer o jornal El Mundo, ontem, quando escreveu: "(...) este joven que cumplió 32 años en cautividade."
O jornal espanhol falava de Matthew VanDyke, documentalista americano que foi preso na Líbia em Março passado e foi libertado agora. Como se vê nas duas fotos publicadas, a de agora e a de antes de ser preso, VanDyke continua jovem, apesar de mais magro. Logo, o que El Mundo diz não é que o jovem "(...) cumpriu 32 anos de prisão". Mas, isso sim, que ele "(...) passou o seu 32.º aniversário quando estava preso." OK?
Por favor, jornalistas portugueses, ao traduzir não patinem. Pelo menos, não tanto quanto alguns têm indecentemente patinado com o que os serviços secretos fizeram ao jornalista Nuno Simas. Não, que se saiba, as secretas não escutaram o jornalista. Fizeram outra coisa, também ela ilegal, que foi obter a lista dos telefonemas que ele fez e recebeu. Esse facto é suficientemente grave para ser investigado por jornalistas e denunciado - e não substituído, como acabou por acontecer, por um não facto (escutas)! Uma coisa são listas, com números e nomes, outra coisa são palavras ouvidas entre dois interlocutores. É verdade que ambas estão relacionadas com telefones, mas isso não as faz iguais.
As câmaras de ar e os donuts são redondos e têm, ambos, um buraco no meio e no entanto os jornalistas, mesmo os mais estúpidos, não os confundem. Então, que façam esse exercício também com as notícias. Obrigado.
«DN« de 30 Ago 11VOU DIZER o que quis dizer o jornal El Mundo, ontem, quando escreveu: "(...) este joven que cumplió 32 años en cautividade."
O jornal espanhol falava de Matthew VanDyke, documentalista americano que foi preso na Líbia em Março passado e foi libertado agora. Como se vê nas duas fotos publicadas, a de agora e a de antes de ser preso, VanDyke continua jovem, apesar de mais magro. Logo, o que El Mundo diz não é que o jovem "(...) cumpriu 32 anos de prisão". Mas, isso sim, que ele "(...) passou o seu 32.º aniversário quando estava preso." OK?
Por favor, jornalistas portugueses, ao traduzir não patinem. Pelo menos, não tanto quanto alguns têm indecentemente patinado com o que os serviços secretos fizeram ao jornalista Nuno Simas. Não, que se saiba, as secretas não escutaram o jornalista. Fizeram outra coisa, também ela ilegal, que foi obter a lista dos telefonemas que ele fez e recebeu. Esse facto é suficientemente grave para ser investigado por jornalistas e denunciado - e não substituído, como acabou por acontecer, por um não facto (escutas)! Uma coisa são listas, com números e nomes, outra coisa são palavras ouvidas entre dois interlocutores. É verdade que ambas estão relacionadas com telefones, mas isso não as faz iguais.
As câmaras de ar e os donuts são redondos e têm, ambos, um buraco no meio e no entanto os jornalistas, mesmo os mais estúpidos, não os confundem. Então, que façam esse exercício também com as notícias. Obrigado.
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