29.1.12

Luz - Genebra, 1971

Fotografias de António Barreto- APPh
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Senhora elegante a passear numa das ruas da Baixa. Num dos letreiros, a indicação da Casa Davidoff, uma das mais famosas marcas de charutos e cigarros. O gerente e proprietário era o senhor Zino Davidoff, que conheci nos anos sessenta. Era um russo emigrado, muito simpático, grande especialista de charutos, sobretudo de “cubanos”. Acolhedor, recebia quem por lá passava de vez em quando e ensinava os ignorantes na matéria, como eu, a apreciar os seus charutos. Durante muitos anos, depois da revolução cubana, Zino continuava a produzir em Cuba os seus charutos e a aconselhar o governo a explorar o melhor possível os seus recursos e a aproveitar a extraordinária experiência cubana. Depois de uma fase muito má e desorganizada, logo a seguir à revolução, os “puros” cubanos recomeçaram uma vida de glória e prestígio. Ao que constava, Zino Davidoff teria sido um dos principais responsáveis por esse renascimento. Sei que, um dia, zangaram-se e Zino foi continuar a fazer os seus charutos para outros países, nomeadamente a República Dominicana.

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