30.3.12
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8 Comments:
Mea culpa. Também fechei uma pequena parte da minha varanda. A família cresceu, a casa não. Aquele metro e meio por três, dá-me um ermitão.
Se acho bonito, visto de fora? Não. Faz-me lembrar um pombal. Mas que me dá jeito, dá.
Agora, ao olhar as fotos, pensei que estava a ver o meu bairro, que fica em Odivelas. É feio, sim.
Mas, meu amigo, são males necessários. Até o senhor presidente tem uma marquise!
Cumprimentos
Maria
Não calculo, como foi aí parar a palavra "ermitão". O que queria dizer, era: jeitão.
Malhas que a net tece.
Maria
Como digo, não vou voltar a discutir o tema.
As fotos estão aqui apenas porque mostram 4 prédios, todos seguidos e muito semelhantes (por dentro e por fora), e onde a situação vai do 8 (quase nada) ao 80 (quase tudo).
O prédio onde eu moro (numa rua próxima) tem 14 inquilinos (em 7 andares). É da mesma época destes, tem o mesmo nº de divisões, e não tem uma única varanda fechada.
Já agora, um apontamento "lateral":
Porque será que, em Lisboa, as pessoas não aproveitam as varandas na função para que foram concebidas (mesmo nos dias soalheiros, numa cidade que se gaba da luz e do sol)?
Raúl Lino comentava, em crónica no «DN» dos "anos 60", a tristeza que lhe dava a Av. de Paris, com as varandas (mesmo as viradas a sul) transformadas em arrumações de trastes e sem flores nem plantas de qualquer espécie.
A sequência de fotos mostra várias maneiras de desgraciar prédios.
Coisa em que, manifestamente, nós, os portugueses, somos (muito) bons.
Não entendo o porquê de as câmaras, tão lépidas noutras áreas, fecharem os olhos a estes mamarrachos. Fazem jeito, diz-se num comentário, pois faz, mas não pode valer tudo. E muitas guerras há, nos comdomínios, por causa da "coisa".
As câmaras não fazem nada porque o fenómeno é "maioritário" (são mais os que pretendem colocar as marquises do que aqueles que se chocam com elas).
E, além disso, atingiu tais proporções que já não é possível retroceder. Sucede isso com muitos outros fenómenos: o lixo, os arrumadores de carros, o estacionamento selvagem, os grafitis...
O que, eventualmente, se poderia pedir (mesmo assim, só para futuro...) era que se uniformizassem. Mas isso iria contra o feroz individualismo lisboeta. Veja-se o caso da imagem de baixo:
Há quem não feche nada e quem feche tudo. E há-as de todos os tamanhos, feitios e cores.
Parafraseando mais uma vez o arquitecto Raúl Lino (que escrevia a propósito do Rossio): estas coisas são impossíveis de discutir em Portugal, porque as pessoas reagem em termos de Benfica-Sporting, e não racionalmente).
Nalgumas situações, o tal metro e meio quadrado poderá dar algum jeito. Mas não é essa a regra! Os portugueses ocupam, em média, mais "casa" do que a maioria dos europeus ricos. O que estas quatro imagens simbolizam, até pela zona a que respeitam, é a mediocridadezinha dos portugueses.
Não são precisos grandes estudos sociológicos para compreender a "alma" lusa e o que os distingue dos ingleses, alemães etc., basta andar na rua, na estrada e olhar para as suas preferências e para os seus comportamentos. Não, não venham com a tanga da pobreza!! A maior parte dos ingleses vive com menos rendimento que os tugas da avª dos EU e não se vê, mesmo nos bairros populares, na Inglaterra, coisas destas.
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