11.3.12

Luz - Ilha Terceira, Açores, 2011

Fotografias de António Barreto- APPh

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Imagens como esta repetem-se ao infinito! Algumas ilhas açorianas, particularmente dedicadas à pastagem, à carne e ao leite, oferecem esta paisagem geométrica. Muros em pedra seca (sem argamassa) e parcelas de pastagem muito bem aproveitadas. A pedra é escura, entre o basalto e a pedra-pomes, de origem vulcânica. Sobre a origem dos muros e das divisões de prédios, há, como sempre e em qualquer sítio, várias teorias. Todas elas com alguma verdade. Em certos casos, constituem a marca da propriedade. Noutros, a divisão entre prédios para que o gado possa ir pastando com alguma ordem: assim a erva vai crescendo num, enquanto é comida noutro. Noutros ainda, um dispositivo bem simples para deixar o gado pastar sozinho, sem necessidade de manter um pastor todo o dia. Mas também há uma explicação bem prosaica: havia pedra a mais e, para poder cultivar, semear e trabalhar a terra, era necessário retirar a pedra: a melhor, mais barata e mais útil maneira de o fazer era justamente construir muros!

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1 Comments:

Blogger José Batista said...

Não se trata de teorias. É assim mesmo. Quem tenha vivido em ambiente rural, e tenha assistido ao desbravamento de terras, por exemplo em terrenos de matos ou mesmo de floresta, há não muitas décadas, sabe que é assim. E a última explicação não é menos válida que as outras: naturalmente, se um terreno era muito pedregoso, havia necessidade de remover as pedras. Ora, uma forma de as tirar do solo que se pretendia arável, sem ter que as transportar para muito longe (as pedras pesam muito...), era usá-las na construção de muros, que, além do mais, proporcionavam as outras vantagens todas. E há ainda outro motivo a referir: impedir o acesso de estranhos às propriedades de cada um.

11 de março de 2012 às 22:56  

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