11.6.12
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3 Comments:
Estas recorrentes demonstrações de incúria (e não se diga que a versão 'online' nada tem a ver com a versão em papel - pois a entidade é a mesma) fizeram com que eu, de há muito, me tenha afastado do jornal.
Caro Medina Ribeiro
Olhe que a asneira até tem lógica:
Se há subidas, há o(s) que sube(em).
Agora a sério: eu até a versão em papel deixei de comprar um belo dia em que a revista (da versão em papel) deu a palavra a um charlatão para, em longo artigo, demonstrar que a lua não tem movimento de rotação. Em vão esperei pela retificação, a qual havia sido feita, na edição seguinte, em curtíssima nota de rodapé, em letras pequenininhas, como aquelas de algumas clausulas dos contratos com bancos e companhias seguradoras.
Senti-me enganado, e achei aquilo tão impróprio que nunca mais fui capaz de comprar o jornal. Até hoje.
Esta dos países que "subem" só pode contribuir para tornar ainda mais remota a possibilidade de algum dia o vir a adquirir.
O problema é que a "moda" está a alastrar a todos os outros jornais, depois de inundar as televisões e mesmo a rádio, que eu julgava o "último reduto".
Quer(em) ver: Um dia sintonizava eu a antena 1 quando finalizava um jogo de futebol entre o Benfica e o Guimarãres. E o comentarista afirmou emotivamente: "o Guimarães infringiu uma derrota ao Benfica". Pensei: - o tipo enganou-se. É o enganas, dois minutos depois, repetiu, com ênfase redobrada: "o Guimarães infringiu uma derrota ao Benfica". Nessa altura desliguei a telefonia para aquele tipo não infringir o direito de as minhas orelhas não estarem sujeitas à ação deletéria e indigna das ondas radiofónicas. E até gritei: - vai-te frigir pró inferno, berrador!
O que de nada valeu, mas enfim.
Estas incúrias ferem os olhos e os ouvidos de qualquer cidadão. Quem, menos avisado, ler ou ouvir os dislates vai repetir por ter lido num jornal ou ouvido numa rádio ou tv. Uma vergoha que envergonha.
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