Lá vamos cantando e rindo
Por Ferreira Fernandes
BANDIDOS! Não lhes
custa a ganhar, por isso o gastar é à fartazana. 22 milhões, quais 22?,
mais, 22,58 milhões, isso sim. E por uma invenção! Gripe das aves, tá
bem, tá, patos fomos nós todos. Qu'ela vinha aí, era mortos por todo o
lado, vai daí tinha de se comprar o tal Tamiflu... Viste a gripe?
Viste-la? Pois, e também não viste os laboratórios a untar certas
mãos... E agora as vacinas vão para o lixo. Olha aqui o título do
"Correio": "Negócio secreto." Epidemia da treta! Agora, são as desculpas
do costume: que era a Organização Mundial de Saúde a garantir que a
gripe era certa. Mas, claro, o que ninguém disse é que a OMS estava
feita com os lambões lá do ministério. Bandidos! [Excertos de conversas
de café, ontem, tendo tudo passado como se passou, sem grande gripe.
Segue-se outro cenário.] Bandidos! Os gajos e a família deles, claro,
tiveram a vacina. Agora o povo que se amanhe, não há vacina pra ninguém.
Mortos por todo o lado, mas são só pobres, não é? E não foi por falta
de aviso, a OMS, a própria OMS!, fartou-se de dizer: olhem que esta
gripe é ainda pior do que a outra, a espanhola... A OMS, a maior
autoridade mundial no assunto. Bastava pouco mais de 20 milhões e
estávamos safos... Mas não, pouparam à nossa custa! Este título do
"Correio" apetece-me esfregar nas trombas do ministro: "Incúria do
Governo mata milhares!" [Excertos de conversas de café, que não
aconteceram, nem o título do jornal, porque a gripe também não.]
«DN» de 17 Jul 12 Etiquetas: autor convidado, F.F
2 Comments:
e calma.. que ainda vão desencantar maneira de vender os stocks. Uma gripe da sardinha ou algo do género. "ataca as crianças e mata em 48h se não der o tamiflu" e a malta, aterrorizada (sempre a velha técnica do medo, eficientíssima!), compra e pronto.. problem solved!
Bom, objetivamente as vacinas sobraram e muita gente não as quis tomar, incluindo médicos e enfermeiros, que fizeram questão de o afirmar publicamente.
Essa é que é essa.
E não aconteceu nenhum drama.
Isto foi o que se passou.
Por isso me inclino para a hipótese da Paula. Mas não aplicada à sardinha que os pescadores portugueses (ainda) vendem, que para esses não há campanhas favoráveis. Nem mesmo das batoteiras. Que também não se desejam.
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