A contrarrevolução têxtil em curso
Por Ferreira Fernandes
O VÓLEI de praia feminino, apesar de ser olímpico só desde 1996, é desporto que se tornou rapidamente popular. Julgo que por boas razões:
1) são só duas atletas contra duas, o que dá a sensação do mais simples dos jogos, o duelo (o ténis ainda beneficia mais dessa clareza, que a televisão explora bem);
2) é praticado só com duas peçazinhas de roupa.
As voleibolistas, ao contrário, por exemplo, das atletas das provas de marcha e do lançamento de peso, atraem, vá lá saber-se porquê, os responsáveis das edições internacionais da Playboy: em Itália, a olímpica italiana Francesca Piccinini foi capa em dezembro último e, no Brasil, a brasileira Mari Paraíba foi capa este mês. Esse interesse geral confirma-se nos JO de Londres, onde a modalidade tem dos bilhetes mais caros. Mas, preveniu ontem o Sunday Times, as expectativas podem ser goradas. Como o verão londrino vai frio e o vólei feminino será jogado nos campos ao ar livre do Horse Guards Parade, os espectadores arriscam-se a ver, em vez dos tradicionais biquínis, calções a três centímetros acima do joelho e tops com mangas, a nova indumentária que em março foi autorizada pela Federação Internacional de Voleibol. Junte-se isto à autorização agora dada pela FIFA para as futebolistas poderem usar chador e vestes a tapar o corpo inteiro...
Eu sei que as pessoas estão mais preocupadas com a mudança do clima, mas esta mudança têxtil também não indicia nada de bom.
«DN» de 16 Jul 12Etiquetas: autor convidado, F.F
1 Comments:
Mesmo assim o equipamento tem muito pano que atrapalha os movimentos.
Enviar um comentário
<< Home