17.7.12

Mais papistas que o papa...

Já se sabe que, com o Novo Acordo Ortográfico, certas palavras que dantes se escreviam com maiúsculas (como os nomes dos meses e das estações do ano) perderam essa característica. Tudo bem; mas fazerem isso com a cidade onde eu nasci é que já me custa a engolir!

7 Comments:

Blogger impensado said...

Como sabe, nem o "acordo" está em vigor, nem o que se vê por aí é o"acordo" - que tem soluções mais drásticas que se querem esconder.
Não é de crer que essa bambochata stalinista resista a um Tribunal internacional de direitos humanos. - onde o estado português é tão amiúde condenad
Entretanto prossegue este abuso de poder, indigno até da má imitação de democracia e de estado de direito que pateticamente Portugal é.

17 de julho de 2012 às 18:28  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Claro que é gralha, mas mostra o cuidado com que são feitas algumas versões digitais de jornais.
No que toca a desleixo, o «Sol» é imbatível.

Mas esta (do «Expresso») não resisti a afixar, pois são dos tais que escrevem "espetador" e "setor", quando o próprio N.A.O. faz o favor de admitir a grafia "espeCtador" e "seCtor" (dado que, nestas 2 palavras, o "C", em português de Portugal não é mudo).

17 de julho de 2012 às 19:32  
Blogger impensado said...

Não há letras mudas em "sector " e "espectador ". O que encontra é o grafema "EC" que é uma unidade fonética incindível.
Sendo desconhecidas as actas (grafema "AC") e demais documentação referente ao chamado "acordo" não é possível saber se a destruição destes e de outros grafemas do português de Portugal se deve a mera ignorância dos "negociadores", nenhum deles fonólogo.

17 de julho de 2012 às 21:33  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Eu sou uma pessoa de espírito aberto e, enquanto tive pachorra (que já acabou), ouvi os argumentos "pró" e "contra".
E o que notei foi uma grande pobreza intelectual dos argumentos "pró" - todos do género:

«É para 'escrever como se lê', para ajudar os analfabetos do Brasil» - acredito bem...

«É por causa do mercado editorial» - acredito bem...

«É porque os brasileiros são muitos mais do que nós» - boa!

«Se não fossem estas evoluções ainda se escrevia 'pharmacia'» - esta é muito inteligente!

«A reacção ao N.A.O. é como a que houve quando se passou do Escudo para o Euro» - muito boa, também.

«Só Angola e Moçambique é que não aderiram» - este "só" é uma delícia!

etc.

17 de julho de 2012 às 21:47  
Blogger impensado said...

A última razão do «acordo» está aqui.O Brasil quer apresentar-se como representante de um bloco linguístico (que tem medo de não poder apregoar, por ter uma ortogtafia diferente de Portugal e Palops) e obter um lugar permanente no conselho de segurança, a que liga uma importância que toca o irracional, mas que o texto, que é de um prof. universitário explica com franqueza.
Por isso, "a pressão no brasil" de que fala cavaco referindo-se ao acordo e a confissão do malaca, de que o acordo "não era linguística, que era política" (expresso, 29 de Fevereiro 2008).
É uma cretinice? É. Mas o brasil já quis um lugar equivalente na S.D.N. em 1919 e quando o não conseguiu vetou a Alemanha...
E a coisa não morreu: ainda no dia da tomada de posse da presidenta os jornais esperavam de Obama o assentimento a essa ambição obsessiva. O analfabetismo é, de facto, uma maldição, e no caso afecta-nos a nós.
Para além do evidente crime de aculturação, devíamos também preocuparmo-nos com os métodos usados pela «democracia» portugues, de fazer inveja a qualquer ditadura venerável.
Mas são maçadas e ninharias, concedo, e há muito carro mal arrumado nas ruas de Lisboa.
O artiguinho do Prof. brasileiro aqui fica.
http://aaiii.blogspot.pt/2012/06/verdadeira-explicacao-sobre-o-novo.html

18 de julho de 2012 às 17:32  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Muito grato pelos esclarecimentos.
Abraço

CMR

18 de julho de 2012 às 20:26  
Blogger impensado said...

De nada.
Sempre às ordens quando se trate de tentar perceber a última razão do crime.

18 de julho de 2012 às 21:25  

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