Sinais sobre o próximo Papa
Por Ferreira Fernandes
COM o atrevimento próprio de um ignorante que há dias, aqui, confundiu a diocese do último Papa demissionário antes de Bento XVI - em 1415, Gregório XII foi nomeado bispo de Porto-Santa Rufina, arredores de Roma, e não Porto, Portugal (como me ensinou um leitor) -, volto ao assunto da semana.
Leigo mas fascinado, tento ler sinais. Nem tanto do que salta dos céus - na segunda, um cardeal fala da demissão do Papa como um "raio num céu sereno", nesse dia um relâmpago ilumina a cúpula de São Pedro e, na sexta, uma chuva de meteoritos cai na Rússia - mas sinais escritos na História. Hoje, há menos europeus do que papabili vindos de fora: um ganês, dois brasileiros, um canadiano, um hondurenho, um filipino...
A última vez que um não europeu ocupou a cadeira de S. Pedro foi com o sírio Gregório III, de 731 a 741, filho de um país onde os cristãos estão hoje na véspera de desaparecer. Por ironia, no ano seguinte à tomada de posse do sírio Gregório III, em 732, Carlos Martel parou em Poitiers a ocupação muçulmana da Europa. Depois, há esta pescadinha de rabo na boca: Gregório III foi quem mandou São Bonifácio evangelizar a pagã Baviera, de onde viria Joseph Ratzinger - agora, talvez o predecessor do primeiro Papa não europeu ao fim de mais de mil anos. E outra coisa: Gregório III foi o primeiro Papa a proibir a hipofagia, comer cavalo.
É o que eu dizia, ouvir telejornais esta semana é ser assaltado por sinais.
«DN» de 17 Fev 13 Etiquetas: autor convidado, F.F
1 Comments:
Coitado do Ferreira Fernandes. Da fibra dos comentadeiros que tudo sabem, lá foi desmentido por um leitor. Lá mostrou os pézinhos de barro.
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