11.4.13

Os velhos e tão atuais rato e gato

Por Ferreira Fernandes
ESTA semana, a publicação online Slate demonstrou que algumas das fotos distribuídas pela Coreia do Norte foram manipuladas em laboratório (por exemplo, algumas das barcaças de desembarque foram duplicadas). 
Antes, o New York Times mostrou vídeos da televisão governamental síria, nos vários locais de atentados em Damasco. Falando "em nome do povo sírio", havia sempre um popular indignado, um mesmo homem - apesar de fardado, aqui, engravatado, ali, e de boné, acolá - multiplicado pelos lugares das bombas e sempre com a mesma conversa pró-governamental... 
Entretanto, a agência France-Presse noticiou que o grande rabino Gilles Bernheim, a mais alta autoridade judaica francesa, vai ser ouvido, hoje, por um conselho religioso, por ter plagiado três dos seus livros e por ter mentido sobre um grau de doutoramento que não tem. Nessa França, onde, há dias, o ministro do Orçamento se demitiu ao revelar-se que ele tinha uma conta escondida na Suíça... 
Esta crónica é curta (mas nem cinco volumes das Páginas Amarelas chegariam) para as trafulhices reveladas pela atualidade. Será o homem moderno mais dado à mentira? Provavelmente, não. O que há, hoje, é meios mais sofisticados de caçar mentiras (por exemplo, as fotos norte-coreanas eram quase perfeitas, mas não resistiram a métodos modernos de análise). Então, com tanto escrutínio, vai deixar de se mentir tanto? Errado, a mentira vai passar a ser mais perdoada. 
«DN» de 11 Abr 13

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2 Comments:

Blogger brites said...


É verdade!
E foi sempre assim...

quando um bebé nasce, tudo pode acontecer...

e pode ser o bebé de qualquer um!



14 de abril de 2013 às 09:05  
Blogger Sepúlveda said...

Isso de se tolerar mais a mentira é chapadinho da actuação deste governo e do anterior

14 de abril de 2013 às 10:40  

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