5.4.13

Relvas ouviu o apelo de Kennedy

Por Ferreira Fernandes
ANTES, nomeara um jovem de discurso motivador para embaixador do "Impulso Jovem", um programa para levar os jovens a criar o seu próprio emprego. Dois dias depois e apesar de cinquentão, Miguel Relvas foi o primeiro cliente do tal guru: num impulso, tornou-se ele também, desde ontem, um civil a parte inteira. 
Há muitas leituras sobre a demissão de Relvas. E a menos interessante não será o "saio por vontade própria", uma frase com que Passos terá de se descoser se se confirmar que a licenciatura vai ser retirada a Relvas (e, logo, a demissão não poder ser um caso de vontade própria, mas uma obrigação). Muitas leituras, mas escolho esta: ser ministro, não era a praia de Relvas. Um erro de casting, o ministro Relvas. 
Eis outro facto para Passos se explicar, desenvolveria eu aqui, não fosse o dia para falar de um e não de outro - e se fosse para falar de Passos haveria que dizer: também ele o é, um erro de casting. Com um porém: Miguel Relvas, ao contrário do amigo, pode ser um notável homem civil. Os dotes de organizador demonstrou-os na construção da campanha do amigo. E a visão de empreendedor ele tem-na, ao contrário de muitos nossos empresários, sobre o que é, hoje e neste mundo, ser português e negociante. Ter isso e ser homem de Estado serviu para o acusarem, e com boas razões. Empresário, ganha o País. 
Citando um guru melhor que o dele, trago para aqui Kennedy: ontem, Relvas respondeu ao que pode fazer pelo seu país...
«DN» de 5 Abr 13

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