Infantilização
O BEBÉ-adulto tema do meu artigo de hoje no no DE:
Nas críticas aos exames que agora começam encontramos uma sociedade cujas famílias já acham que é obrigação do Estado transportar-lhes os filhos para tudo o que tenha a ver com a escola – se não fosse a crise ainda teríamos o direito ao transporte escolar para a festa de aniversário! – ou que se chocam muito porque se pede aos seus filhos que assinem um papel onde declaram que não têm consigo telemóveis nem qualquer outro equipamento de comunicação. Esta infantilização das crianças e dos jovens gerou uns perturbantes bebés adultos que aos 18 anos ainda vão à consulta de pediatria, pois a idade pediátrica estende-se agora até aos 18 anos, onde entre imagens de ursinhos e cegonhas recordarão as ressacas dos festivais de Verão ou as histórias macabras sobre as crescentes agressões nas escolas, como a sucedida recentemente na EB 2/3 Ruy Luís Gomes, no Laranjeiro, em Almada, em que uma aluna foi violada por cinco colegas. Ou que, numa versão mais crescida, continuam a beber e a divertir-se enquanto um seu colega foi assassinado. Se Marlon Correia tivesse morrido, não na sequência de um assalto, mas sim numa fuga à polícia os seus colegas estariam muito provavelmente hoje de luto e vivendo uma forte indignação. Assim foi apenas um azar e a festa com muita cerveja vai prosseguir.
Blasfémias.Net Nas críticas aos exames que agora começam encontramos uma sociedade cujas famílias já acham que é obrigação do Estado transportar-lhes os filhos para tudo o que tenha a ver com a escola – se não fosse a crise ainda teríamos o direito ao transporte escolar para a festa de aniversário! – ou que se chocam muito porque se pede aos seus filhos que assinem um papel onde declaram que não têm consigo telemóveis nem qualquer outro equipamento de comunicação. Esta infantilização das crianças e dos jovens gerou uns perturbantes bebés adultos que aos 18 anos ainda vão à consulta de pediatria, pois a idade pediátrica estende-se agora até aos 18 anos, onde entre imagens de ursinhos e cegonhas recordarão as ressacas dos festivais de Verão ou as histórias macabras sobre as crescentes agressões nas escolas, como a sucedida recentemente na EB 2/3 Ruy Luís Gomes, no Laranjeiro, em Almada, em que uma aluna foi violada por cinco colegas. Ou que, numa versão mais crescida, continuam a beber e a divertir-se enquanto um seu colega foi assassinado. Se Marlon Correia tivesse morrido, não na sequência de um assalto, mas sim numa fuga à polícia os seus colegas estariam muito provavelmente hoje de luto e vivendo uma forte indignação. Assim foi apenas um azar e a festa com muita cerveja vai prosseguir.
Etiquetas: autora convidada, HM
3 Comments:
Não resisti, li este texto e copiei-o para um comentário que fiz aqui: http://dererummundi.blogspot.pt/2013/05/ser-jovem-hoje.html#comment-form
Os mais críticos são normalmente os que tiveram mais mordomias e souberam contornar melhor as situações a seu favor.
Não sei se é o seu caso, mas conheço muitos!
Ou então:"não sirvas a quem serviu,não peças a quem pediu..."
Nascem menos mil bebés por mês, portanto, dentro de cinco anos o problema da escola está resolvido.
Enviar um comentário
<< Home