Sim ou não ao resgate do soldado Durão?
Por Ferreira Fernandes
HÁ NOVE anos, ele partiu como um corpo expedicionário para a Flandres.
Movia-o a Pátria, que não interesses egoístas. Agora, lá está Durão
Barroso, entrincheirado em Bruxelas, sujeito às balas francesas.
Primeiro, foi o editorial-morteiro do jornal Le Monde, chamando-lhe
cata-vento e oferecido aos americanos para mais um posto na ONU ou
OTAN... No domingo, foi o ministro francês Arnaud Montebourg a
metralhar: "Barroso é o carburante da FN [o partido de extrema-direita
de Marine Le Pen]." Ele deveria ter respondido "carburante, octanas!",
mas com as balas que lhe atiram Durão Barroso constrói o seu pedestal. O
português que mais alto subiu nas instâncias internacionais (pelo menos
desde o mordomo luso de Jackie Kennedy) continuou de peito feito aos
tiros. Alain Juppé, ex-ministro de Sarkozy, ontem: "Barroso é totalmente
anacrónico." E Marine Le Pen, aquela que o outro dizia que Durão
Barroso protegia, também molhou a sopa: "José Manuel Barroso é uma
catástrofe para o nosso país e para o nosso continente."
E dizer que há
cem anos o corpo expedicionário português foi defender a França dos
boches! A ingratidão deve ser a tal "especificidade cultural
francesa"... Não deveríamos nós resgatar Durão? É melhor, não. Isso é
uma especificidade cultural americana, salvar o soldado Ryan é para o
Spielberg e o Tom Hanks. Talvez façam do nosso homem mesmo
secretário-geral da ONU. E nós, afinal, que tínhamos cá para lhe
oferecer?
«DN» de 25 Jun 13 Etiquetas: autor convidado, F.F
3 Comments:
Para LHE oferecer?
Transformarmos o palácio de Belém numa piolheira,
para uma PR a condizer.
Para LHE oferecer?
Transformarmos o palácio de Belém numa piolheira,
para uma PR a condizer.
quem é que o mandou aprender alemão.! vem mesmo a calhar para abrigada das colheres francesa culpar alguem das burradas do palerma Holland ou digamos grandioso Holland "o inutil"
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