"Lapis phylosophorum"
Por A. M. Galopim de Carvalho
NO SEGUIMENTO da sua fixação numa nomenclatura binomial e em latim, o grande naturalista sueco Carlos Lineu (1707-1778), a meados do século XVIII, deu o nome de Lapis philosophorum à grafite, com base no facto de, então, este mineral ser a “pedra” (lapis, em latim) com a qual se podia escrever num suporte macio e porque escrever era prática de estudiosos, ou seja, de filósofos. Um outro nome da grafite foi “mica dos pintores”, em alusão ao seu aspecto lamelar e por deixar traço negro e fácil sobre o papel. Repare-se que o nome desta espécie no léxico mineralógico actual reflecte a última destas características, contida no elemento grego graph, que traduz o acto de escrever. (...)
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