26.1.14

Ora aí está a próxima e urgentíssima questão

Por Helena Matos
É uma coisa horrível: a barra foi substituída pelos parêntesis!!!! Resoluções, directivas e declarações internacionais caem sobre as nossas cabeças. O PÚBLICO uma espécie de paladino das causas de género anuncia:  «No Plano Nacional para a Igualdade, o género feminino aparece entre parênteses. Inicialmente, na proposta de Plano Nacional, que começou por ser posta à discussão pública e que foi para consulta de vários especialistas na matéria, utilizavam-se expressões como “conselheiro/a…” — o que é um exemplo de “linguagem inclusiva”. Já a versão final, publicada em DR, contém expressões como “conselheiro(a)”. Qual a diferença? A barra deu origem a um parênteses. (…)  O Guia dá vários exemplos do que está correcto: “pai e mãe” em vez de “pais”; “trabalhadores e trabalhadoras estrangeiras”, em vez de apenas “trabalhadores estrangeiros”. O emprego de barras também é uma possibilidade, para economizar espaço: “o/a doente”, “o/a requerente”, “A/O Presidente”, “Os/As Estudantes”, “a/o funcionária/o”, “o/a aposentado/a”.»
Vamos deixar-nos de parvoíces: esta doideira tem de acabar. E uma vez alguém vai ter de explicar o óbvio: isto não interessa nada e é um rematado disparate. Logo a começar pelo próprio Guia para uma Linguagem Promotora da Igualdade entre Mulheres e Homens na Administração Pública que não só propõe disparates como “trabalhadores e trabalhadoras estrangeiras” que se pode interpretar como referindo trabalhadoras estrangeiras e trabalhadores não estrangeiros como uma vez adoptadas estas recomendações para que as frenéticas almas das questões de género e demais causa urgentes se apaziguem logo outros problemas surgirão como bem se anuncia aqui: depois de andarmos feitos parvinhos a indicar os géneros teremos de erradicar qualquer referência de género. Tanta maluqueira já cansa!
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