O vizinho da subcave esquerda (Crónica)
Por C. Barroco Esperança
O Luís pode ter passado por mim, durante anos, sem eu me ter
apercebido. Não recordo quando o conheci, talvez já tarde, depois de ter
visto indivíduos de olhar esgazeado que me obrigavam a desviar da sua
trajetória para não ser literalmente abalroado quando nos cruzávamos no
hall do edifício onde resido.
Percorrem a entrada do prédio, vêm cegos, sabem de cor a distância, viram à esquerda e, dois passos depois, descem, absortos, os lances de escadas até à subcave onde o Luís faz a pequena traficância e um grande consumo de droga. (...)
Texto integral [aqui]Percorrem a entrada do prédio, vêm cegos, sabem de cor a distância, viram à esquerda e, dois passos depois, descem, absortos, os lances de escadas até à subcave onde o Luís faz a pequena traficância e um grande consumo de droga. (...)
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