29.4.14

Futebolista cruel agride um pobre tipo

Por Ferreira Fernandes
O futebol é um jogo simples, o que permite ser jogado por muitos e levar a que, estatisticamente, os profissionais façam divinamente o que multidões adorariam fazer. Fica explicada a popularidade. Mas, atenção, tanta gente junta aumenta a probabilidade de imbecis. De facto, está ali na bancada um tipo que não diz coisa com coisa. Reparem, o bolso dele está entumescido. Mas não, não é caso para pôr a pergunta de Mae West a um marinheiro: "Isso aí em baixo é uma pistola ou estás assim tão contente por me ver?" Nos estádios não entram armas e o olhar baço do tipo revela que ele nunca está contente com ninguém. Acresce que o grupo dele - olhem à sua volta: uma claque radical - tem alta percentagem de doentes com disfunções sexuais. É, o que ele leva no bolso é uma banana. Uma banana no bolso em recintos apertados - com alto risco de pôr nódoas na roupa - confirma o que já suspeitávamos: o tipo é tolo. Mas ainda não vimos tudo. Marca-se um pontapé de canto ali perto, o tipo vai com a mão ao bolso, agarra na banana e atira-a. Além de se arriscar à nódoa, o tipo é uma. Uma banana faz navios atravessar os oceanos e alimenta o prazer do género humano. E o tipo atira-a fora! Lá em baixo, o psicólogo Dani Alves, nas horas vagas defesa do Barcelona, baixa-se a apanhar a banana, descasca-a, come-a e marca o canto. Foi uma desumana terapia de choque. O tipo da bancada ficou destroçado e com ele o grupo com quem anda em tratamento. 
«DN» de 29 Abr 14

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