26.8.14

E sanções à Grã-Bretanha?

Por Ferreira Fernandes
O assassino de negro por trás do jornalista americano que ia ser degolado foi identificado como um jovem londrino. Já se sabia há muito que a guerra síria atraiu centenas de muçulmanos de segunda geração, sobretudo britânicos, franceses e belgas. Abdel Bary, de 23 anos, o tal da cara escondida e faca estendida, foi um discípulo do pregador radical Anjem Choudary. Era em Londres que Choudary, além das tresloucadas ideias místicas que destilava com o direito inalienável que as tolices vagas devem ter, também ensinava o que se segue: "Todas as mulheres, muçulmanas ou não, devem usar uma burca", "quem beber álcool deve levar 40 chibatadas em público"..., - discursos de ódio que levaram ao pescoço de James Foley. E é assim que a Europa, há década e meia amedrontada com o perigo do radicalismo islâmico a vir, acordou com a triste compensação de também ela exportar tarados. Foi no Iraque que o londrino Bary degolou e os seus compatriotas, que vieram para a jihad, prostituem as camponesas que não são da seita. Se a Grã-Bretanha não se soube defender de dentro, tem a obrigação de não corromper o mundo com as suas facilidades. Qualquer jihadista voltando à Inglaterra é sujeito a um inquérito ligeiro, após o que pode viajar para onde quiser sem dizer água vai às autoridades. Por exemplo, ir visitar Anjem Choudary à casa mimosa em que vive, em Ilford, no Nordeste de Londres com a sua família e as ideias de sempre. 
«DN» de 26 Ago 14

Etiquetas: ,