2.8.15

Luz - Cais das Colunas, Praça do Comércio, Lisboa

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É possível que este local se tenha tornado uma dos “spots” mais visitados e mais fotografados de Lisboa e de Portugal. Em certo sentido e sem comparar com as belezas excepcionais (como sejam a região do Douro, os Açores, o mosteiro de Alcobaça…), devo dizer que o merece. O sítio, pela topografia e pela história, tem qualquer coisa de mágico. Não foi dali que as míticas caravelas partiram, mas toda a gente, a começar pelos turistas, pensam isso! Quando por ali ando, a passear ou a fotografar (o que faço, naquele local, há mais de trinta anos), olho para as caras dos outros, passantes e turistas: todos têm o ar sério de quem está diante da História! Ou de quem por ela está subjugado. Mesmo agora, com selfies e auscultadores, ou com “piercings” e tatuagens, ninguém resiste a um pouco de meditação diante do Cais das Colunas! Na outra margem, o Barreiro industrial (deveria agora dizer-se ex-industrial), a Lisnave (o que dela resta na Margueira) e o Cristo Rei não são os melhores conselheiros para sonhar e meditar com a história nacional. Talvez Belém. Ou, melhor ainda, o Cabo Espichel… (2014)

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3 Comments:

Blogger José Batista said...

Bom, "toda a gente" parece-me objectivamente um (grande) exagero.
Relativamente aos nacionais, especialmente os mais jovens, era preciso que eles soubessem minimamente a História de Portugal. E não sabem. Mesmo em Lisboa, que me parece, em grande medida, a "aldeia" maior de Portugal, por haver nela muita gente que veio da província, são muitos (a maioria?) os que passam ao lado dos aspectos fundamentais da nossa História. Param mim há até uma pergunta que gostaria de ver respondida: que percentagem de lisboetas sem saber ler e escrever resta(rá) ainda?
E dos estrangeiros, muitos há também que nos vêem como uns "africanos" menos escuros e mais a norte ou mais próximo dos Pirenéus. Para erro deles e mesmo vergonha, se a sentissem.
Se assim não for estou enganado. E bem gostaria que (me) demonstrassem que estou, redondamente.

2 de agosto de 2015 às 18:45  
Blogger Leo said...

O Sr. Batista não está nada enganado. Aliás, o Sr. Batista e o Sr. Barreto pertencem a uma pequeníssima minoria de iluminados. O resto da malta é tudo uma cambada de analfabetos e de labregos vindos da província que ignoram por completo a História de Portugal. Uns néscios! Então essa malta dos piercings, cuidado! Basta olhar para eles para se perceber que são uns autênticos selvagens.

5 de agosto de 2015 às 03:47  
Blogger Pedagogia Rio +20 said...

Améi o seu texto.Me identifiquei muito porque me senti exatamente assim,absorvida pela história que não era exatamente a que eu imaginei,mas ainda assim local de acontecimentos importantes e marcantes.Usei seu texto numa postagem no meu insta com os devidos créditos .

29 de maio de 2018 às 19:47  

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