23.7.15

«Tudo corre pelo melhor no melhor dos mundos possíveis»

Por C. Barroco Esperança 
A dívida soberana disparou 60.000 milhões de euros nos quatro anos do atual Governo. Só em maio, a dívida das administrações públicas subiu 3.777 milhões de euros face a abril, fixando-se nos 229.204 milhões de euros, [números ontem divulgados pelo Banco de Portugal (BdP)] mas a central de propaganda, onde Miguel Relvas, Marco António e Paulo Júlio contam com o apoio de Cavaco Silva, oculta o descalabro.
 O referido boletim estatístico do BdP informa ainda que, no final de maio, as empresas tinham falhado pagamentos aos bancos num valor superior a 13,4 mil milhões de €€, ou seja, 15,7% dos empréstimos totais, 85,2 mil milhões de €€, dois máximos históricos.
 O País viu partir os seus mais jovens e qualificados emigrantes, aumentar o desemprego e alienar ativos estratégicos do Estado no cumprimento implacável da agenda ideológica desta maioria, num processo contrarrevolucionário de dimensões imprevisíveis.
 A inépcia na governação foi substituída pela máquina de intoxicação onde o aumento da dívida, 36%, deu origem à reiterada afirmação de que o Governo pôs as contas em dia.
 O acelerado empobrecimento é a marca do mais inapto PM do período democrático sem que o nepotismo da despedida o impeça de reabrir embaixadas encerradas por motivo de poupança e perdulariamente ativadas para colocar correligionários.+++ Nunca os impostos tinham atingido proporções tão insuportáveis nem a decadência ética ido tão longe. Com o Governo moribundo, uma maioria a desagregar-se e o PR em fase terminal, aproximam-se eleições com o país sem rumo, sem futuro e sem Orçamento de Estado num quadro previsivelmente conflituoso e sem tempo para corrigir a rota.
Passos Coelho, Cavaco Silva e Paulo Portas afirmam que «Tudo corre pelo melhor no melhor dos mundos possíveis». Nenhum cora de vergonha, os primeiros porque nunca leram o “Cândido”, de Voltaire, e ignoram o Dr. Pangloss, e o último por ser cínico.
-
Ponte EuropaSorumbático

Etiquetas:

9 Comments:

Blogger José Batista said...

Realmente, a situação é calamitosa.
Também em Portugal, o reescalonamento da dívida é inevitável. Já não serão apenas os nossos filhos a pagar a (nossa) dívida, mas também os nossos netos. Eu só posso aplaudir os jovens que fogem do nosso bem amado rectângulo. E nós, os que estamos na velhice ou a um passo dela, pagaremos bem cara a irresponsabilidade dos desgovernantes que temos tido. Estes, os anteriores e os anteriores aos anteriores. Uns bandidos.
E a responsabilidade é tanto deles como nossa, nossa do povo - de que fazemos parte - que os elegeu.

23 de julho de 2015 às 22:35  
Blogger Carlos Esperança said...

José Batista:

No seu oportuno comentário, como é hábito, só falta, a meu ver, a crise internacional das dívidas soberanas. Não foi culpa nossa.

24 de julho de 2015 às 01:16  
Blogger José Batista said...

Este comentário foi removido pelo autor.

24 de julho de 2015 às 10:06  
Blogger José Batista said...

Sim, caro Carlos Esperança, é verdade que houve a crise internacional. Mas eu sou dos que pensam que também nesse aspecto os nossos políticos deviam ter feito muito melhor, a começar por esclarecer, preparar e mobilizar as pessoas.
É para mim muito irónico que Portugal tenha caminhado "alegremente" na direcção da bancarrota com um vaidoso economista na presidência da república, que já tinha sido primeiro ministro. Até me ocorre perguntar: para que (e sobretudo a quem) têm servido os economistas (ou grande parte deles)?
Já nem falo daquele outro corajoso primeiro ministro (português) que acorreu diligentemente a apoiar a intenção de destruir o Iraque. E com que eficácia o fizeram! Mas, quais foram as vantagens?
São apenas dois exemplos, tristemente elucidativos, mas a lista é longa e partidariamente diversa. Que raio de políticos!

24 de julho de 2015 às 10:08  
Blogger Carlos Esperança said...

José Batista:

É caso para dizer que a economia é demasiado séria para ser deixada aos economistas encartados.

O caso do PR é flagrante. É, aliás, a única área onde se preparou. Mas esqueceu.

24 de julho de 2015 às 12:46  
Blogger opjj said...

Quem fala assim não é gago. 60MM€ é verdade. ESQUECEU-SE DO PEDIDO DE 78MM€ e dos respectivos juros durante 4 anos. E se a dívida não fosse renegociada e paga com juros mais baixos e outros dilatados, ainda seriam mais.
ACLARE A MEMÓRIA; foi o mês de férias em Junho e em Julho foram pagas as pensões.
Claro a culpa é do Passolas.SE não tivesse amealhado e cortado como estaríamos?
Coitados dos pensionistas e funcionários públicos.
O maior comprador de Mercedes, BMWs , Audis etc. Bem podíamos comprar mais e o culpado foi o Passolas.Um bom amigo foi O Tribunal, ao que parece com proveitos de 6 a 10.000€/mês e não chega.
Haja isenção!

24 de julho de 2015 às 12:55  
Blogger Carlos Esperança said...

opjj:

Quanto aos juros, como em muitas outras coisas, confunde-se. Neste caso confundiu Passos Coelho com Mario Draghi. Sucede aos devotos.

24 de julho de 2015 às 13:19  
Blogger 500 said...

Há quem não acerte uma; é o caso do opjj

24 de julho de 2015 às 23:08  
Blogger opjj said...

Um falecido Advogado amigo dizia; a fé é que nos salva. Valha-nos Mário Dragui e um governo que nos representa Tsipras.Autoria Francisco Louçã e António Costa.
O Passolas é um pau mandado e nem se notou a presença do seu governo.
Pena foi, ou melhor, má sorte teve o 44, não apanhou os salvadores, Dragui e Tsipras.
A paixão política não é boa conselheira.

25 de julho de 2015 às 07:06  

Enviar um comentário

<< Home