6.9.19

Uma Mulher de quem nos podemos orgulhar

Por Joaquim Letria
Umas crónicas atrás desafiei os meus queridos leitores a apostarem comigo se não seria a Dra. Elisa Ferreira a escolhida para o cargo de comissária europeia por Portugal. Se tivéssemos apostado, eu tinha ganho.
Não estou a gabar-me, pois mais não fiz do que confiar no que conhecia do currículo de múltipla competência de uma experiente mulher que já esteve no parlamento europeu mais de 12 anos, foi ministra por três vezes, administradora da Fundação Gulbenkian e vice-governadora do banco de Portugal, agora avaliada por uma notável presidente alemã que é formada em Medicina, mãe de 7 filhos e tem anos de Bruxelas e Estrasburgo, além de ter sido ministra de Ângela Merkel.
Conheci a Dra. Elisa Ferreira ainda ela não tinha sido ministra a convite de António Guterres que a integrou no seu governo. Convivi episodicamente com a Dra. Elisa Ferreira ao longo da sua carreira. Jamais vi nela vaidade, manobrismo, servir-se do seu partido e não ocupar um cargo sem ser por espírito de servir. Se me pedem para definir Elisa Ferreira em três palavras, só posso dizer seriedade, competência e simpatia. Uma raridade…
Escrevo hoje esta crónica não só por Elisa Ferreira merecer, mas também porque me custa ver como há políticos rasteiros que não são capazes de calar o despeito e esconder a inveja. Refiro-me a esses do mesmo do partido de Elisa Ferreira que já andam por aí a dizer que ela foi escolhida por ser mulher.
Não, meus senhores! Foi por outras coisas… foi por não se dedicar à intriga política, por não se ter sujo no governo de Sócrates, por não ter arruinado a ferrovia nem ter sido incapaz de recuperar os prejuízos dos grandes incêndios e deixar o país sem infra-estruturas que hoje o melhor ministro deste governo tenta remediar.
Elisa Ferreira é uma mulher frontal e que arrisca. Recordo-me da sua derrota digna nas eleições para a Câmara do Porto, não posso esquecer a sua voz desafiante dos poderes de Bruxelas contra as políticas de austeridade, enquanto tantos outros abanavam o chocalho ou pediam para ir para o FMI. Sinceramente, fico feliz por ver Elisa Ferreira a ser promovida por mérito a um lugar que também teve um brilhante mandato do Dr. Carlos Moedas.
Publicado no Minho Digital

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3 Comments:

Blogger opjj said...

Caro Letria, á aquele ditado "Quem feio ama ..."
Com tantos méritos até nos esquecemos dos deméritos. Não era ministra no tempo do pântano? Pois, consulte os dados e veja a trajectória do país:
O PS é um grande partido, são todos muito bons que nem precisaram do partido.
Cumps.

6 de setembro de 2019 às 20:21  
Blogger Bmonteiro said...

O problema não será da senhora ex ministra do Ambiente, sobre o aeroporto no Rio Frio: «de consequências ambientais não negligenciáveis», a dali lavar as mãos. O problema, está ao lado e a montante. Eliminar a melhor solução, receosos do incómodo dos verdes. Avançar depois com a criminosa solução Ota. Que tal tenha sido desenvolvido pelo Cravinho autor de SCUTS a eito, e 'protector' da camarilha socialista na JAE, dali dispensando o Sr General Garcia dos Santos, diz bem onde está habitualmente o 'problema'. Vale?

6 de setembro de 2019 às 21:22  
Blogger José Batista said...

Felicito Joaquim Letria por um texto que me parece assentar excelentemente em Elisa Ferreira. Digo parece porque só a conheço das televisões.
Só não sei é como pessoas como ela se mantêm na (nossa) política (que não deve ser diferente da dos outros...) há tanto tempo.
Muito obrigado.
JB

7 de setembro de 2019 às 15:23  

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