Os dramas do «politicamente-correcto»
HÁ DIAS, um agente da Divisão de Trânsito da PSP saiu do seu torpor e resolveu multar uma série de automóveis que estavam em cima do passeio no local que se vê na imagem; e, depois disso, deixou-se ficar, com cara de poucos-amigos e ar de desafio.
Ora, não tardou muito até que aparecesse uma senhora a querer meter o carro exactamente ali - o problema é que o agente estava a estorvar a manobra...
Ela então, impaciente, buzinou e fez sinais ao cavalheiro para que se afastasse.
Meio-perplexo, meio-furioso, o polícia apenas lhe respondeu com um gesto brusco, significando «Desaparece-me da vista!», o que a senhora acabou por fazer, um pouco confusa... e estacionando em seguida na paragem de autocarros existente logo ali ao lado!
E NUNCA aqui contei esta história porque, para respeitar o «politicamente correcto», queria primeiro arranjar uma forma de não referir que a cena se passara com «uma senhora». Como fazê-lo? Escrevendo «Condutor (M/F)»...?
Ora hoje, a TSF-online (*), decerto enfrentando um problema semelhante, resolveu-o assim:
«... o excesso de velocidade praticado pelos automobilistas portuguesas».
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