Acidentes = Aço e Dentes?
NÃO contem comigo para divulgar listas de matrículas de carros da Brigada de Trânsito, nem de locais de radares, nem que faça sinais-de-luzes para avisar os outros (mas "que outros"?!) da presença da autoridade na estrada.
Um carro é uma arma MUITO mais mortal do que uma pistola e, quanto a mim, tudo o que se faça para tirar da estrada os assassinos é bom - e já vem com muitos mortos de atraso.
É por isso com prazer que vejo que (finalmente!) as câmaras de videovigilância podem ser usadas para reprimir os crimes de trânsito, permitindo mandar para a prisão ou para o manicómio quem já lá devia estar há muito tempo.
Havia problemas legais? Alterasse-se a lei - e parece que isso foi agora feito.
Mas gostaria de perceber porque é que (segundo hoje li) o PCP, o BE e Os Verdes se abstiveram no Parlamento num assunto destes.
Afixado por: Carlos Medina Ribeiro às 18:57
8 Comments:
Resposta:
Porque até o Carlos Carvalhas já foi apanhado a 200km/h...
C.E.
E a famosa medida da "velocidade média entre portagens" também nunca mais é posta em prática porquê?
E porque é que as autoridades demoram cerca de 15 minutos para passar uma multa? Já fui multado na Alemanha, onde a polícia "despacha" os infractores em poucos segundos!
Essa mania de os portugueses fazerem sinais de luzes é muito inteligente!
Quer dizer: pode cruzar-se com um carro roubado (ou conduzido porum bêbado), e o portuga-chico-esperto ajuda o ladrão (ou o assassino em potencial)...
Muito inteligente, não haja dúvidas!
Rosa M.
Este é um assunto em que algumas pessoas só assentam ideias quando são afectadas directamente, nomeadamente com mortos ou estropiados na família.
Mudam logo de ideias em relação a essa coisa da "protecção de dados".
Ou então, que tal roubarem-lhe o carro, ele ser detectado pelas câmaras da Brisa, e não poder ser apanhado por causa da "defesa da privacidade de gatuno"?
E.R.R.
Demoram 15 minutos porque estão à espera que o infractor se decida a cair com algum
Na Av. Joaquim António de Aguiar, em Lx, havia um polícia que ia multar os que passavam no BUS, e fazia assim:
Ia para o sítio onde eles iam passar e começava a preencher "pré-multas".
(Enquanto o fazia, não ligava nada aos infractores, que passavam por ele às centenas).
Depois, quando já tinha uma mão-cheia de multas preparadas, é que começava a mandá-los parar.
30 de Abril de 1991, 11H40.
Vinha sozinho do Algarve. Há mais de 5 km atrás de um camião TIR, à saída de uma curva, a cerca de 6 km de Setúbal, consegui efectuar uma ultrapassagem em perfeita segurança, numa recta com uma extensão razóvel, mas fui mandado parar por uma brigada composta por um graduado e três soldados.
Não tinha visto a placa limitadora de velocidade (60 km/hora)nem a indicação de localidade, dado que as duas se encontravam juntas e tinham ficado ocultadas pelo pesado (duas semanas depois, no regresso de Évora, vim propositadamente por aquele caminho para verificar por que motivo não tinha visto a sinalização). Fui multado por excesso de velocidade, paguei 25 contos, tive de ir ao tribunal de Setúbal e levei 15 dias de inibição de conduzir. Encartado há quase 30 anos e com quase um milhão de quilómetros percorrido, foi a única autuação que tive, mas não é isso que interessa. Quando me mandaram parar já lá estavam mais dois condutores e logo a seguir encostou outro. Então, o graduado falou pelo rádio para o camara-man (vi que era mesmo um man)escondido atrás de uma árvore: "Deixa ir os passarinhos que estamos todos ocupados". Quando fui despachado, ainda ouvi o graduado dizer de novo: "já podes mandar mais uns tordos que já estamos três disponíves".
É verdade! Passaram mais de 14 anos, mas são umas palavras de que nunca me vou esquecer, enquanto tiver capacidade mental para recordar.
CC
Caro CC,
Tem toda a razão no que toca a certas actuações perfeitamente estúpidas da polícia.
Também já fui vítima disso:
Multado a 106 km/h (numa recta sem trânsito no Alentejo), exactamente no mesmo dia em que andavam malucos a mais de 260 impunemente.
Mas isso é outra luta a travar.
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