24.9.05
Contribuidores
- A. M. Galopim de Carvalho
- António Barreto
- Antunes Ferreira
- Nuno Crato
- Guilherme Valente
- Alice Vieira
- J. L. Saldanha Sanches
- Carlos Medina Ribeiro
- Joaquim Letria
- Carlos Barroco Esperança
- Helena Roseta
- Pedro Barroso
- João Duque
- Nuno Brederode Santos
- Alfredo Barroso
- Maria Filomena Mónica
- Manuel João Ramos
- Carlos Pinto Coelho
Artigos anteriores mais recentes
- O Código de Vitorino
- Um problema curioso
- Curiosidade paisagística
- O Grande Eclipse de 2005
- Curiosidade linguística
- Pergunta «de algibeira» - Resposta
- A Sinfonia e a «Não-Fonia»
- «Foi você que pediu...?»
- Sobe-e-desce ou Desce-e-sobe?
- Pobreza é isto!
2 Comments:
SHT ou Segurança e Higiene no Trabalho é ainda em Portugal uma área profundamente descurada pelas entidades responsáveis. Apregoa-se aos 7 ventos que há necessidade de colocação de técnicos na referida área. Mas consulte-se um qualquer site de procura de emprego, e apenas se observa, o pedido de um técnico SHT, quando o rei faz anos. É lamentável. E é um exemplo do quanto está por fazer, ao nível das entidades patronais, gestores e chefias de serviços públicos. Enquanto esta área não for considerada um factor de produtividade e de competitivade, ou um factor de retorno do investimento, e não uma despesa fútil, não vamos lá. Tal como a inovação, a qualidade, o ambiente, a Segurança e Higiene no Trabalho não é importante para os nossos empresários. O Estado podia dar o exemplo. Mas como sempre ... é o primeiro a falhar. Observe-se as condições de trabalho dos funcionários públicos ... e está tudo dito.
E em tempo de eleições autárquicas .... Meu Deus ! ...o que se passa nas autarquias, em SHT, é voltar ao tempo da Pedra Lascada, mas pouco interessa. Não é por aí que vêm os votos dos Munícipes. O que interessa é obra à vista. O que se passa nos Estaleiros das Autarquias ... está escondido. Só os trabalhadores o sabem e ... de que maneira! Mas os números de dias perdidos com baixa, por acidente de trabalho, ou por morte, também falam. Há relatórios anuais para o efeito. O ex-Idict recebe-os. Mas não dá continuidade ao eco das estatísticas. A IGT - Inspecção Geral do Trabalho faz o que pode. Muito pouco... por sinal. Observei durante algum tempo, a dura tarefa dos Cantoneiros de Recolha dos Resíduos Urbanos de uma Autarquia, actividade que reúne quase todos os riscos Profissionais (químicos biológicos, movimentação manual e mecânica de cargas, vibrações, radiações, etc.) .... ganham em média 450 euros por mês.
Caro Medina Ribeiro ... é de pôr as mãos na cabeça.
Não digo mais ... porque haveria muito mais a dizer.
abraço.
Diana F.
Eu tenho 36 anos de profissão e 30 de obras (como eng.) e sei que tem toda a razão.
No entanto, vou dizer algo que pode não ser politicamente-correcto mas é verdade:
O trabalhador português (em geral inculto) também não sabe exigir segurança. Perante uma situação perigosa, quase nunca exige melhores condições - exige, sim, subsídio de risco!
Trabalhei muito com alemães e portugueses.
Estes, iam para todo o lado (e eram os primeiros a recusar cintos-de-segurança, luvas, capacetes, etc). Os próprios encarregados e técnicos davam, muitas vezes, o mau exemplo!
Inversamente, os alemães recusavam-se a trabalhar se não houvesse protecções.
Curiosamente, houve um português que lhes ficou a dever a vida, pois caiu numa rede que havia sido colocada por exigência dos colegas alemães...
Enviar um comentário
<< Home