A "arte" da reciclagem em Portugal
REFERIU-SE aqui, recentemente, o calvário por que passam os cidadãos portugueses que, cheios de espírito cívico, querem entregar os seus "veículos em fim de vida" para reciclar-como-deve-ser (e, já agora, receber os 1000 euros com que o Estado lhes acena...).
Nesse seguimento, aqui fica o relato de uma experiência semelhante feito por um leitor:
TENHO algum equipamento (hardware) avariado ou antigo em casa, à espera de algum habilidoso que o queira recuperar ou simplesmente aproveitar as peças.
Tipo um fax, monitores CRT que foram substituídos por LCDs e com imagem meio queimada, 2 meios computadores Pentium II, discos com menos de 1Gb, memórias RAM, etc.
Durante as limpezas e arrumações típicas de fim de férias, a minha mulher "sugeriu" deitar aquela porcaria toda para o lixo de vez!
Até porque já não há pachorra e a garagem parece um monte de entulho.
(Texto integral em «Comentário-1»)
--
Imagem: http://www.redeplaza.com.br/images/ferias_reciclagem.jpg
Nesse seguimento, aqui fica o relato de uma experiência semelhante feito por um leitor:
TENHO algum equipamento (hardware) avariado ou antigo em casa, à espera de algum habilidoso que o queira recuperar ou simplesmente aproveitar as peças.
Tipo um fax, monitores CRT que foram substituídos por LCDs e com imagem meio queimada, 2 meios computadores Pentium II, discos com menos de 1Gb, memórias RAM, etc.
Durante as limpezas e arrumações típicas de fim de férias, a minha mulher "sugeriu" deitar aquela porcaria toda para o lixo de vez!
Até porque já não há pachorra e a garagem parece um monte de entulho.
(Texto integral em «Comentário-1»)
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Imagem: http://www.redeplaza.com.br/images/ferias_reciclagem.jpg
3 Comments:
Tenho algum equipamento (hardware) avariado ou antigo em casa, à espera de algum habilidoso que o queira recuperar ou simplesmente aproveitar as peças. Tipo um fax, monitores CRT que foram substituídos por LCDs e com imagem meio queimada, 2 meios computadores Pentium II, discos < 1Gb, memórias RAM, etc.
Durante as limpezas e arrumações típicas de fim de férias, a minha mulher "sugeriu" deitar aquela porcaria toda para o lixo de vez! Até porque já não há
pachorra e a garagem parece um monte de entulho.
A título de curiosidade, refira-se que tenho pavor a deitar coisas fora, inclusive revistas, jornais relatando eventos importantes (entrada euro em vigor, 11 Set 2001, guerra do golfo, etc.) e que vou guardando com alguns artefactos que já ninguém usa (máquinas de escrever, calculadoras electrónicas com mais de 20 anos, algumas mecânicas - FACIT - réguas de cálculo, miniaturas diversas, lembranças e recuerdos parolos de vários locais, quadros "desclassificados" (gravuras antigas ou com molduras meio partidas), enfim, uma das mais completas colecções de lixo particular da Europa!
Após a "ameaça", e dando uma de ecologista, decidi tentar encontrar alguém interessado em reciclar ou dar melhor uso aos artefactos electrónicos, recusando-me a deitá-los simplesmente no lixo.
Até porque se tratam de equipamentos com algum volume e repletos de materiais tóxicos.
Procurei na Internet e liguei para uma empresa, da qual me abstenho de dizer o nome, por pudor, que supostamente recupera material antigo, que depois vende a um preço generoso, seja em peças seja em conjuntos completos prontos a usar. Refiro-me concretamente a impressoras jacto de tinta, placas para PC com interfaces já fora de uso (ISA, etc), memórias RAM que já não se vendem (EDORAM, SIMMS antigos), e por aí fora.
A ideia pareceu-me genial. O único senão é a empresa ser de um local um
pouco distante, o que iria obrigar a uma deslocação propositada (e o
correspondente consumo de combustível fóssil, a preço de ouro!) e a perda de tempo associada. Mas estava disposto a tudo, em nome da defesa do ambiente.
Liguei então, para a dita cuja empresa. Atenderam-me simpaticamente do outro lado, e após a minha exposição, disseram que sim, que fazia muito bem. Teria apenas de pagar uma pequena taxa de reciclagem, pelo que poderia solicitar um orçamento para o efeito.
- "O quê?!?" - exclamei - "Quer dizer, para que vocês fiquem com um equipamento antigo, para aproveitarem eventualmente peças ou, juntamente com outras recuperadas, reconstruir e criar aparelhos que depois vendem no mercado, eu terei de pagar?"- "Sim, claro. Somos uma empresa privada, temos as nossas despesas..." - replicaram "Ok. Já percebi." - disse - "Entre deitar fora para o lixo um volume de equipamento electrónico, com metais pesados, materiais perigosos e tóxicos, ou enviá-lo para reciclagem e eventual reparação, tendo de pagar ainda por cima, acho que já sei o que vou fazer. Muito obrigado".
E desliguei.
À noite, já depois do lusco-fusco, para os vizinhos não verem, lá fui sorrateiramente colocar um fax, uma impressora multi-funções, dois velhos PC tipo tower, dois monitores de 15" e 17" e uns caixotes cheios de placas, discos e memórias velhas ao lixo. Com vergonha por não estar a contribuir para melhorar o ambiente e fazer cumprir o protocolo de Quioto.
Lembrei-me então das crónicas da Inforfobia e do Jeremias (?) que resolveu "vender" para reciclar os velhos Spectrum e no fim ainda teve de pagar para que os levassem...
João E. Almeida
Escondido no segredo dos Deuses, existe um centro de reciclagem da Valorsul onde qualquer pessoa pode ir depositar materiais para reciclagem. Nesse local pode-se reciclar (ou pelo menos pôr em contentores, o que acontece depois já não posso saber) materiais que não podem ser colocados nos "vidrões", como madeira ou material electrónico. O sítio fica ao pé do novo golfe de Odivelas(!), e pode-se (com algum esforço) encontrar a localização no site da empresa.
Na entrada do recinto está um segurança que pede os dados pessoais para fazer os depósitos, como morada e nº de telefone. Viva a burocracia!
Sugestão: por milagre, não é pedido o BI...
Quando apareceram empresas para reciclagem de pneus, pareceu uma boa ideia, pois eles ganhavam dinheiro e livravam o país dessa praga.
Só que, tanto quanto li na altura, as pessoas que levavam lá os pneus é que ainda tinham de lhes pagar...
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