7.11.05

Cada um sabe de si, mas...

HÁ DIAS, apontou-se aqui uma particularidade do «DN-online»:

Logo ao abrir, a página www.dn.pt refere, quase sempre, mais do que um editorialista - sendo que um deles (pelo menos em princípio...) deve estar a mais.

Por isso, hoje, fiquei agradavelmente surpreendido quando reparei que o erro (pelo menos aparentemente) tinha sido corrigido - pois só havia um editorial - embora, estranhamente entregue aos cuidados de João César das Neves !

De facto, ao clicar no ícone lá estava, como se vê na imagem, o esforçado articulista que raramente consigo ler até ao fim.

De qualquer forma, acabei por comprar o jornal na versão em papel, onde pude confirmar que o verdadeiro EDITORIAL é da autoria do director António José Teixeira (intitula-se, aliás, «Qualificar o território») e... não está online!

Cada um lá sabe de si, e «a cavalo dado não se olha o dente».

Mas terá o «DN» alguma necessidade de dar, de si, essa imagem de desleixo, de deixa-andar e - pior ainda - de «se é gratuito, para quem é, bacalhau-basta»?

5 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Mas um editorial nao é escrito pelo editor?? Sera que nao pode haver mais que um?? Sera que ha editores para cada secçao?

7 de novembro de 2005 às 16:37  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Segundo o dicionário da Texto Editora: «Editorial é o artigo de fundo de um jornal, da responsabilidade da respectiva DIRECÇÃO»

O que sucede, neste caso, é mais simples:
O «DN» publica o Editorial (escrito pelo Director ou pelos Directores-Adjuntos) na página 4. É uma coluna, de alto a baixo.

No espaço vago, à direita, metem artigos de opinião diversos (que nada têm a ver com o editorial - nem têm esse título). Hoje foi com o César das Neves, mas nos outros dias é com quem calha...

No entanto, os senhores que fazem o «online» misturam tudo.

Hoje foi pior, porque chamaram Editorial ao artigo de opinião e omitiram o verdadeiro...

Não dá para meter a imagem aqui em "Comentário", senão percebia-se bem.

7 de novembro de 2005 às 18:24  
Anonymous Anónimo said...

Quanto 'a observacao de q se e' gratuito entao meio esforco basta, que dizer do publico online? Desde que passou a ser pago piorou o que ja estava mal. Artigos falsos (testes acho eu pq so tem caracteres tipo: "asdfasafda") e artigos com letras comidas e artigos q existem na edicao impressa e nao aparecem online. sobretudo nos suplementos locais. alias, tenho uma imagem mt interessante a mostrar o ponto a que chegou. quer que lhe envie para publicar?

8 de novembro de 2005 às 06:44  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Anónimo das 6:44AM

«quer que lhe envie para publicar?»

Claro!

Se não entrar agora, fica em "Arquivo".

8 de novembro de 2005 às 10:08  
Anonymous Anónimo said...

Mais um exemplo de como as linguas evoluem com os tempos é a existência da palavra editorialista (escritor de editoriais) separando-a de editor e demonstrando uma divergência que tem demonstraçao no DN. A propria definiçao da texto editora ja é mais alargada do que outras mais antigas. Mais, a definiçao da TE nao implica que a direcçao nao possa convidar alguém para escrever uma coluna editorial. Alguns dicionarios modernos de inglês, a titulo de exemplo, ja definem editorial como sendo apenas um artigo de opiniao.
Quanto à qualidade das ediçoes online, concordo plenamente.

8 de novembro de 2005 às 12:19  

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