7.11.05

O falso desemprego

FAZ bem o Governo em combater o falso desemprego e as fraudes a ele associadas. No entanto, há algumas medidas que dão que pensar:

Será necessário que as rescisões correspondam a reestruturações das empresas com extinção dos postos de trabalho em causa - Estou em condições de garantir que isso já é exigido há MUITO tempo. Acompanhei de perto MUITAS rescisões, e sempre as empresas tiveram de passar essas declarações, o que sempre fizeram sem qualquer problema... evidentemente!

O desempregado terá de estar em casa duas horas por dia (de manhã ou de tarde, alternadamente) - Como é que isso evita que o desempregado trabalhe? Não sobram ainda 22 horas do dia? E se esse trabalho for precisamente em casa? Então e o tele-trabalho?

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Concordo consigo, é necessário combater o falso desemprego que por aí anda. A medida da referente às 2 horas de presença em casa é ineficiente mais parece uma prisão domiciliária. Não tarda nada ainda se usam pulseiras electrónicas.

Penso que diminuir a possibilidade de recusa de emprego seria mais producente ou até a diminuição do subsídio de desemprego para quem recusasse a primeira oferta de emprego.

8 de novembro de 2005 às 01:34  
Blogger cãorafeiro said...

prezado carlos, esta ques~tão suscitou aceso debate no blog bicho carpinteiro, e é impressionante ver como muita gente se deixou levar por um anúncio demagógico de uma medida estalinista e ineficaz, aliment5ando aquela ideia estigmatizante de que quem está desempregado é porque não gosta de trabalhar.

este seu post vale pelo bom-senso que revela.

8 de novembro de 2005 às 19:13  
Blogger Unknown said...

Não poderia concordar mais com o post, no entanto não posso deixar de pensar que identicamente ou mais importante seria o combate ao "falso emprego". Tenho tido ocasião de ver proliferar por aí (e por aqui), centros de formação profissional onde se ministram cursos de quase tudo, cuja utilidade senão discutivel é pelo menos duvidosa. Como é o caso de cursos para desempregados cujo tema é informática e não passam de noções ridiculas de word e pouco mais em dezenas de horas, cursos de marketing cujo "sumo" é menos do que conversas inuteis acerca de anuncios televisivos. Curioso é que os destinatários não tiveram, não têm e não pretendem ter nada a ver com as matérias ministradas por formadores bem pagos e raramente capazes de dominar as matérias que ensinam.
Com isto escondesse o real nivel de desemprego enrriquecendo os proprietários dos centros de formação e os formadores sem que em nada se contribua para a real formação de tanto se ouve falar como se de uma realidade se tratasse. Há excepções claro mas estas não as incluo aqui.
Já agora: Quem forma os formadores de formadores? Serão formadores de formadores de formadores?

Um abraço amigo:
Rui

9 de novembro de 2005 às 15:23  

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